25 de Abril: 50 Anos depois!
Marcha da Liberdade
Professores e alunos na Avenida da Igreja. Foto: 22/03/2024
No dia do Agrupamento de Escolas, professores e alunos do 2º. Ciclo da Escola Básica Eugénio dos Santos resolveram comemorar da melhor forma, os 50 anos da Democracia em Portugal, com uma marcha na Avenida da Igreja. Foi uma manifestação de enorme simbolismo, numa altura que se multiplicam na freguesia e no país o número dos inimigos da liberdade, igualdade e da fraternidade entre os povos. Londres 1973: a derrocada da Ditadura
Uma manifestação contra a ditadura e a guerra colonial que mostrou o isolamento internacional do regime e seu fim. Aqui
1971: Luiz Villas-Boas. Quando em 1971 irrompeu com renovada força a canção de protesto contra a ditadura, promoveu com João Braga e Hugo Lourenço, o 1º. Festival Internacional de Jazz de Cascais, de 20 e 21 de Novembro, ao qual assistiram mais de 10 mil espectadores, a maioria dos quais jovens. Foi um marco nesta luta. Mais Memorável No âmbito das Comemorações do 50 Anos do 25 de Abril, realizou-se no dia 1/09/2024, na Biblioteca Nacional de Portugal um memorável concerto: Zeca Afonso. Estudos Musicais para dois violoncelos. Três jovens e talentosos músicos - Pedro Afonso, LLuisa Paredes e Eva Aguillar interpretaram músicas de Zeca Afonso, concretizando um projecto do violoncelista e pedagogo Paulo Gaia Lima. O resultado para quem esteve presente foi simplesmente maravilhoso. Os organizadores (Direcção-Geral das Artes e Assoc. José Afonso) estão de parabéns. É de lamentar que eventos como este passem à margem dos moradores de Alvalade. A Junta de Freguesia prefere andar a publicitar diariamente qual a rua que na freguesia que foi contemplada com uma varredura, como se isso não fosse uma das suas funções mais básicas: assegurar de forma adequada a higiene urbana. Foto: 1/09/2024 A Revolução em Marcha. Os cartazes do PREC, 1974-1975
Exposição 19 abr. - 21 set. 2024. Biblioteca Nacional de Portugal
Alvalade na História
A freguesia de Alvalade está intimamente ligada aos acontecimentos que levaram ao derrube da ditadura
no dia 25 de Abril de 1974. O Jornal da Praceta não
podia ficar alheio às comemorações dos 50 anos sobre este dia
incontornável na história recente de Portugal .
.O
25 de Abril passou por aqui (1974).
A
revolta dos alunos dos liceus contra a ditadura (1973)
De
Alvalade à Capela do Rato (1972)
Revolta dos Estudantes em 1962-1974
A Resistência à Ditadura em Alvalade
Semáforo do Campo Grande na Madrugada do 25 Abril de 1974
1971: Luiz Villas-Boas
Londres 1973: a derrocada da ditadura
O 1º. de Maio de 1974
O Povo saíu à Rua O Jornal da Praceta quando passavam 30 anos sobre o derrube da ditadura publicou vários textos evocativos. Em 2004 a Câmara Municipal de Lisboa estava mergullhada num caos. O desvario era total: compadrios, corrupção e uma sucessão interminável de escandalos que pareciam não ter fim. Em muitos meios de comunicação social o negro período da ditadura (1926-1974) era abertamente branqueado, sob o pretexto de que "no tempo de Salazar" nenhuma das situações noticiadas aconteciam. Esqueciam-se da censura. Aguns dos texto que então publicamos foram escritos pela nossa antiga colaboradora Manuela Simões e o seu filho Eduardo Simões, moradores em Alvalade, cada um a seu modo destacou-se no combatente pela liberdade, lutando contra a apatia e a resignação fatalista que a maioria da população vivia na ditadura.
Largo
do Carmo. 25 de Abril de 1974. A população de Lisboa saiu à rua e participou activamente
com os militares no derrube da ditadura. Foto: D.R.
O Largo do Carmo onde se refugiou o ditador Marcelo Caetano foi cercado por uma multidão, como registaram Carlos Gil, Alfredo Cunha, Eduardo Gageiro, João Antunes, Guilherme Silva, Félix do Nascimento Esteves e outros fotografos.
Largo
do Carmo. 25 de Abril de 1974. Militares formaram, a custo, um cordão para permitir a
circulação das suas viaturas. Ao fim da tarde entrará numa delas o último
ditador de Portugal - Marcelo Caetano -, que se encontrava refugiado no quartel
da GNR neste largo de Lisboa. Ninguém arredou pé enquanto não foi comunicada a sua rendição. Fotografia icónica.
Milhares de pessoas nas ruas, acompanhavam os militares nas suas diversas operações incentivando-os e aplaudindo-os com visível alegria. A participação do povo foi decisiva no derrube da ditadura e na transformação de um golpe militar numa revolução. Fotografia icónica. Indiferentes ao perigo, os putos de Lisboa, a seu modo, participaram também no derrube da ditadura. Foto: Alfredo Cunha
"Desde o Arco (da Rua Augusta) ao Quartel do Carmo as mulheres de Lisboa tomaram
a seu cargo o abastecimento dos soldados em acção. Foram o povo e os soldados
os heróis dos dias da libertação". Portugal Livre, Editorial
O Século, Lisboa, 1974. As comemorações do 1º. de Maio de 1974 constituíram um marco na cidade de Lisboa. O povo saiu à rua para manifestar a sua firme determinação em defender a Democracia. Imagens como esta percorreram mundo. Mais 25 de Abril de 1974 - 25 de Novembro de 1975
Derrubada a Ditadura, seguiram-se anos de profunda transformação social resultantes de uma mudança de mentalidades, descolonização e uma lenta consolidação de uma frágil democracia. Um processo complexo em que se destacaram antigos e actuais moradores de Alvalade, nem sempre pelos melhores motivos. Mais |