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Junta de Freguesia do Campo Grande 

Junta PS - 1997-2001

A Junta de Freguesia do Campo Grande foi até 2002 o  principal promotor do parque de estacionamento no Jardim da Rua José Lins do Rêgo. 

O seu presidente - Joaquim Rocha Cabral, envolveu-se pessoalmente no negócio do parque, opondo-se à esmagadora maioria dos moradores. 

Desde 1997 criou todas as condições logisticas para que fosse criada uma Associação destinada á sua construção, disponibilizou não apenas as instalações da Junta para sede da dita Associação,  mas também funcionários, material de propaganda, etc, etc.

A confusão entre a Junta e a Associação era completa. Foram então cometidas um rol de ilegalidades e irregularidades processuais, sem que a Inspecção da Administração Autárquica fizesse o deveria ter feito.

Três anos depois era consumada a transferência gratuita de 2.493,40 m2  de terrenos públicos incluindo um jardim público, para uma Associação cuja identidade e moradas dos seus sócios tem sido mantida no mais absoluto segredo.  

Nas eleições autárquicas de Dezembro de 2001, os moradores da Freguesia do Campo Grande deram a este executivo a resposta adequada, infligindo-lhe uma pesada derrota eleitoral.   

Contexto e Análise Política

A Junta de Freguesia, sob a direcção de Joaquim Rocha Cabral (PS), era uma verdadeira aberração política.

1. A Junta funcionava num edificio rodeado por uma enorme lixeira, dando um péssimo exemplo aos moradores e visitantes do Jardim do Campo Grande. Foi por esta razão que, o Jornal da Praceta desde a primeira hora promoveu uma sistemática campanha para a remoção da lixeira, o que só veio a acontecer com o novo executivo.

2. Numa prática de puro caciquismo, atribuía subsídios a pessoas singulares e às mais diversas entidades particulares.

3. Durante anos financiou arranjos e a construção de casas abarracadas na Rua das Murtas, onde funcionava um dos principais mercados de droga em Lisboa.

4. O silêncio da Junta foi total quanto se deu o aumento exponencial da criminalidade no Campo Grande, e em particular no Jardim. Assistiu-se então ao progressivo abandono e encerramento de muitos equipamentos na zona (piscinas, cafés, esplanadas, livrarias, etc).

Nos últimos anos, Joaquim Rocha Cabral tinha apenas um único objectivo: a concretização do negócio do auto-parque Lins do Rêgo. O escândalo era de tal modo grave que, em 2001, o presidente da CML - João Soares -, teve que o pôr na ordem.

Faleceu pouco depois da derrota eleitoral de 2001.     

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Junta PSD - 2002-2011 

Ninguém conhecia o novo executivo da Junta eleito em Dezembro de 2001. Para os moradores esta questão era irrelevante. O que importava na altura era expulsar o anterior executivo, e foi isso que aconteceu. 

Do novo presidente - Valdemar Salgado (PSD), um antigo reformado, pouco se esperava. À semelhança da maioria dos políticos portugueses, a única coisa que certamente iria trabalhar era para garantir um bom complemento de reforma ou acumular alguns anos para uma nova reforma. 

Valdemar Salgado não defraudou de inicio as expectativas, afastando-se quanto pode da polémica do auto-parque de estacionamento. Acontece que vários membros do PSD, um dos quais pertencia à nova Junta, estavam metidos até à raiz dos cabelos na negociata dos parques de estacionamento "residenciais", e em particular no da Rua José Lins do Rêgo.

Entre os interesses dos moradores e os dos membros do PSD, não hesitou e optou por servir os membros dos partido.

A Junta começou então a dar o dito por não dito. Aos moradores dizia que não tinha qualquer relação com a Associação Auto-Parque Lins do Rêgo, mas em segredo, continua a ser a sede da negociata. 

Valdemar Salgado, qual "pau mandado" do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa toma posições que são contrárias às que assume perante os moradores.  

Os Moradores denunciam a Actuação da Junta de Freguesia

 

.Contexto e Análise Política

 

A Junta de Freguesia, sob a direcção de Valdemar Salgado (PSD) pouco se afastou dos métodos anteriores. A novidade está na importância que atribuiu à propaganda.

 

1. A propaganda tornou-se uma das obsessões da nova Junta. Os luxuosos "boletins informativos", embora nada informem sobre a actividade da Junta, estão repletos de fotografias do presidente.

 

2. Durante as campanhas eleitorais, utilizou ilegalmente recursos públicos para fazer propaganda do PSD, o que suscitou um protesto junto da CNE..

 

3. Numa acção inédita a nível nacional, resolver mandar a todos os moradores da freguesia cartões com desejos de feliz aniversário...

 

4. Quando Santana Lopes e Carmona Rodrigues ocuparam a presidência da CML (2002-2007), participou em várias acções de propaganda anunciando fantásticos projectos de reconversão do Jardim do Campo Grande. Nenhum deles foi concretizado. 

 

Estamos perante uma personagem totalmente desacreditada na freguesia. 

       

 

Desperdícios

É sabido que as Juntas de Freguesia são dos orgãos mais anacrónicos e inúteis de Portugal, em particular nas cidades. Depois do 25 de Abril de 1974, as Juntas de Freguesia tornaram-se verdadeiros, inventaram novas competências para justificarem a sua existência. Os seus custos e número de funcionários nunca parou de aumentar. 

A Freguesia do Campo Grande é um exemplo paradigmático do enorme desvario e irracionalidade do sistema autárquico.

A população da freguesia desde 1981 não tem parado de diminuir, mas o número de funcionários da Junta, pelo contrário, nunca parou de aumentar

Em 1979 a Junta passou a ter a sua primeira funcionária a tempo inteiro. Em 1989 eram já duas. Em 2005 aumentou para 8 (oito). Face ao aumento de funcionários foi criado o pelouro de pessoal.

Apesar deste aumento no número de funcionários, a Junta passou a contratar regularmente todo o tipo de serviços externos. 

As mordomias dos membros da Junta foram-se tornando cada vez mais dispendiosas. Encargos que são pagos pelas actuais gerações, mas também irão recair sobre as futuras gerações de Portugal.

Temos aqui, numa pequena escala a explicação para o facto da CML estar completamente falida, e o país estar à beira da bancarrota.

 

 

Continua

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A Destruição do Jardim da Rua José Lins do Rêgo

 

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