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Destruição do Jardim da Rua José Lins do Rêgo para construção de um parque de estacionamento

2005 

Um Regime Democrático Doente

 

Nas eleições autárquicas de Outubro de 2005, por todo o país assistiu-se á mais completa perversão de um regime democrático: autarcas condenados ou arguidos em processos por corrupção e peculato obtém vitórias estrondosas. Os eleitores deram-lhes maiorias absolutas para continuarem a roubar a seu belo prazer o erário público. Em Lisboa, Carmona Rodrigues conquista a maioria dos votos expressos. 

 

Há semelhança do que se passa com muitos dos munícipes de Felgueiras, Gondomar, Ponta do Sol (Madeira), Oeiras e outros concelhos, os moradores da Rua José Lins do Rego aguardam, sem grandes surpresas, por  novas investidas de bandos de mafiosos apoiados por autarcas eleitos. Os regimes democráticos tem destas perversões.

 

(Lisboa, Dezembro de 2005)

Carmona Rodrigues, o principal apoiante do auto-parque está envolvido em outros negócios. A CML está falida, sucedendo-se os escândalos de corrupção, tráfico de influências e peculato.  A roubalheira é generalizada. 

Dia 29 de Novembro de 2005. Um grupo de moradores participa numa sessão ordinária da Junta de Freguesia do Campo Grande. O presidente Valdemar Salgado (PSD), como é seu hábito, não consegue explicar as posições assumidas pela junta sobre a Associação Auto-Parque. A culpa de tudo, segundo esta inacreditável personagem, é da CML, governada por uns malandros. Assume o compromisso marcar uma reunião entre os moradores e o vereador António Monteiro. Uma vez mais não cumpriu nada do que disse. Os moradores exigiram que tudo constasse na Acta.

2006

Num contexto de plena impunidade, numa típica manobra diversão, o director do Jornal da Praceta é alvo de um processo judicial. Todos os factos publicados são dados como provados. 

A CML está num completo caos. As decisões são tomadas por pessoas, que pouco depois são alvo de processos por corrupção, peculato e tráfico de influências. É dificil aos moradores obterem informações fidedignas.

Dia 26 de Setembro de 2006. Numa reunião com o chefe de Divisão da Zona Oriental, Arq. Pedro Simões, com a presença da técnica Helena Cunha Lopes e da Drª. Ana Trindade, constatou-se in loco inúmeras irregularidades do processo do Auto-Parque (Proc. 556/EDI/05). Ninguém na CML quer assumir responsabilidades. O processo estava mutilado para ocultar informações incómodas.

2007

Dia 8 de Fevereiro de 2007.  Desde que o estaleiro das obras foi montado, em 2003, sucederam-se  os acidentes. Muitos foram os lesados. No dia 8 de Fevereiro de 2007, às 23h45 , uma placa solta-se do estaleiro do Auto-Parque, e danifica uma viatura.  O caso é participado à PSP (Proc. 18º. Esquadra, reg. Nº.320/07, NPP:54980/2007), CML e as diversas entidades. Ninguém quer assumir responsabilidades, nem indemnizar o proprietário pelos estragos. 

As ilegalidades são mais do que muitas. Por exemplo: A empresa (Almeida&Duque) que constava na placa que estava afixada no estaleiro, tendo no topo o símbolo da CML, não existia. 

O estaleiro é removido pouco antes das eleições autárquicas. O PCP, aproveita o facto, para reclamar os louros da remoção do estaleiro. 

Dia 27 de Maio de 2007. O bando do Auto-Parque, numa carta enviada aos moradores afirma que as escavações iriam começar em breve.

Dia 28 de Maio de 2007. Os moradores dirigem-se à CML e constam, uma vez mais, que na mesma reina a total confusão. Alguns do seus interlocutores estavam a serem apanhados pela Polícia Judiciária. 

Dia 4 de Julho de 2007. O chefe de Divisão da Zona Oriental, numa carta enviada aos moradores garante que a obra não se encontra licenciada, ao contrário do que o bando do Auto-Parque afirmava. Poucos tempo depois, o  Arq. Pedro Simões era alvo de um processo crime. 

Dia 7 de Junho de 2010. Os moradores apelam à intervenção da Inspecção-Geral da Admnistração do Território. A actuação da CML e da Junta de Freguesia de Campo Grande haviam ultrapassado todos os limites da legalidade.

Carmona Rodrigues mergulha a CML num caos. O PSD acaba por lhe retirar a confiança política, o que provoca a sua demissão e eleições intercalares.

O Partido Socialista, ganha com 10% dos votos a CML. António Costa, amigo de Machado Rodrigues, é o novo presidente. O negócio do Auto- Parque Lins do Rêgo está de novo activo. As negociações decorrem nos bastidores.

 

2008

Maio de 2008. O Partido Socialista, desdizendo tudo aquilo que no passado afirmara publicamente, parecia ter decidido avançar com uma obra que durante anos condenou. 

Dia 10 de Maio de 2008. É instalada na Praceta uma máquina de sondagens para dar início às obras do auto-parque. Os moradores reagem de imediato e exigem um esclarecimento completo da situação.

Dia 4 de Junho de 2008. Entre as 19h00 e as 22h30, na Casa do Concelho de Tomar, o presidente e os vereadores da CML assumiram perante os moradores das freguesias de Alvalade, Campo Grande e São João de Brito um significativo conjunto de compromissos, entre os quais os de não autorizarem a construção do Auto-Parque Lins do Rêgo na Praceta. Os moradores, face a este compromisso público, ficaram descansados. 

Dia 6 de Junho de 2008. O Gabinete do vereador José Sá Fernandes, afirma que a manutenção do jardim havia sido protocolado com a Junta de Freguesia do Campo Grande. A CML afirmava que durante o mês de Junho de 2008 o seria objecto de uma profunda melhoria. A CML limitou-se a destruir o que existia, prometendo para mais tarde a sua requalificação.

2009

Dia 14 de Fevereiro de 2009. Manuel Salgado continua a insistir no estudo de uma solução alternativa à localização do Auto-Parque Lins do Rêgo.

Março (?) de 2009. Higuinaldo J. Chaves das Neves, secretário da Associação Auto-Parque, escreve a António Costa, através de uma funcionária camarária - Hélia Lourinho. Em nome da amizade pessoal apela a que ponha na ordem o vereador Manuel Salgado e autorize a construção do auto-parque. 

Dia 9 de Setembro de 2009. O vereador José Sá Fernandes, anuncia uma vez mais que durante o ano de 2009 o jardim seria requalificado.  

2010

Dia 5 de Março de 2010. A Associação Auto-Parque Lins do Rego, é recebida por António Costa e Manuel Salgado, ficando acordado a autorização do parque.

Dia 9 de Abril de 2010. Manuel Salgado pressiona o vereador Fernando Nunes da Silva para dar o parecer favorável.

Dia 4 de Maio de 2010. Vários técnicos camarários alertam para os inúmeros riscos da realização da obra, nomeadamente pondo em risco os edificios circundantes. 

Dia 7 de Dezembro de 2010. Manuel Salgado, vereador do Urbanismo, em total segredo, autoriza a ocupação da via pública para a montagem do estaleiro destinado à construção do Auto-Parque Lins do Rêgo.

Dia 17 de Dezembro de 2010. Manuel Salgado, em segredo, autoriza a própria construção do Auto-Parque Lins do Rêgo.

2011

Dia 11 de Janeiro de 2011. Redução da Taxa de ocupação da via pública de 362.782 euros para 21.181 euros.

Julho de 2011. Os moradores são alertados para o que está a acontecer, e nem querem acreditar. A choldra é total na CML. A falta de coerência política completa. 

Os moradores têm agora que lutar contra a aliança entre o PSD, CDS-PP e PS na CML,  apostados na viabilização do negócio dos auto-parques aprovados por Machado Rodrigues e Fontão de Carvalho...

Dia 15 de Julho de 2011. A famigerada Associação Auto-Parque Lins do Rêgo distribui um inquérito destinado a angariar sócios para o Auto-Parque. Afirma que se trata de "um bom investimento" imobiliário. A Junta de Freguesia do Campo Grande continua a surgir como sede da negociata. Fica-se a saber que os poucos sócios residentes na zona já haviam desaparecido. 

Os poucos que restam residentes na rua são o Higuinaldo da Neves (secretário) e o António Pequito Cravo (presidente e agente imobiliário).   

No mesmo dia que era distribuído o inquérito , o vereador da CML - Fernando Nunes da Silva (independente) -, numa mensagem enviada aos moradores, afirma que o Inquérito e negócio não era da dita Associação, mas da EMEL. Diz também que o Auto-Parque jamais será construído no jardim. 

Através de uma troca de correspondência entre os moradores e o vereador, fica-se a saber que:

a) A EMEL estava a estudar a implantação de um parque de estacionamento para a zona da Rua José Lins do Rêgo, o que provocou a confusão. 

b) O vereador desconhecia por completo o processo do Auto-Parque Lins do Rêgo. Não sabia, por consequência que o vice-presidente e vereador Manuel Salgado, o aprovara a 17/12/2010. Um facto que releva a enorme descoordenação que continua reinar na CML.

c) Fernando Nunes da Silva, numa raro atitude de coerência política, manifesta-se contrário à localização do Auto-Parque, está também preocupado com as suas consequências negativas. Promete estudar uma alternativa e negociar com o bando da famigerada Associação.

Agosto. Os moradores preparam uma contra-ofensiva.

Continua
 

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A Destruição do Jardim da Rua José Lins do Rêgo

 

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