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O Polvo Graças a uma laboriosa investigação dos moradores do Campo Grande, em 2001, ficou a conhecer-se as ramificações de uma negociata, em larga escala, que procurava apropriar-se de dezenas de jardins de Lisboa.
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. A obscura tentativa de instalação de um parque estacionamento no meio de uma praceta, cujos estudos camarários confirmaram ser totalmente inadequado para o efeito. Não foi fácil descobrir o fio à meada, mas os sinais e as actuações desgarradas obedecem à mesma tipologia e apontam todos num mesmo sentido. Eis algumas das pistas que em 2001 constituíram notícia no Jornal da Praceta.
1. Tentativa de criar factos consumados
Depois de João Soares ter suspenso a autorização para o inicio das obras, um bando desesperado, em 2001, lança-se de assalto ao espaço público da Rua José Lins do Rêgo.
2. Custo irrisório pela cedência de terrenos públicos
Escandaloso ! Apesar do enorme secretismo que rodeou este negócio, os moradores ficam a saber que: 1000$00/ano (mil escudos/ano) é quanto a CML cobrará a uma entidade privada pelo uso e exploração, durante 99 anos, de um parque de estacionamento a construir em terrenos públicos. < 3. Uma construção que contraria o novo Plano Director Municipal
A praceta da Rua José Lins do Rego está situada num sistema húmido. Estudos camarários confirmam, o que os moradores vinham dizendo. O novo Plano Director Municipal (PDM),em discussão até 8 de Agosto de 2001, propunha a interdição ou o total condicionamento de construções subterrâneas nesta zona.
Alguém na CML sabendo isto, apressou-se a passar sucessivas de modo a autorizar a construção do auto-parque.
João Soares, quando tomou consciência da situação, em declarações ao jornal Expresso (14/7/2001) afirma que "o Plano que encomendou há 3 anos não vai ser desfigurado ao sabor das conveniências imobiliárias".
4. Estudos encomendados pela CML são silenciados
Ribeiro Telles, recebe a Comissão de Moradores, no seu Atelier na Rua do Comércio: Após a análise da eventual construção do parque na praceta, exclama: "É Ridículo!", a obra quem que parar. "Divulguem tudo o que tenho publicado. Falem o mais rapidamente possivel com o Presidente da Câmara, o Dr.João Soares". Mais
5. Falta de transparência Negociata? O parque terá no máximo uma capacidade máximo de 97 lugares de estacionamento, não resolver o problema de estacionamento dos moradores. Alguns dos envolvidos no negócio afirmam todavia que o negócio será altamente lucrativo. Não escondem que o seu objectivo é uma posterior venda a empresas sediadas na zona. Os moradores exigem saber quem são os associados da "Auto-Parque" e o número de lugares que individualmente adquiriram. 6. Falta de estudos técnicos Pensou-se ?! Sucedem-se os relatos de problemas ocorridos com as estruturas dos prédios na praceta. Situações que só por si implicariam uma estudo prévio do assunto, antes de se pensar em qualquer obra do género como a que está projectada. Um caso atormenta particularmente os moradores do nº4., atendendo aos problemas que ocorreram no edifico em 1984. Mais. Moradores Previnem-se Moradores previnem-se contra eventuais danos e querem saber quem lhes paga as indemnizações. A resposta da Associação do denominado "Auto-Parque" deixa-os ainda mais apreensivos. Mais
7. Sugerem-se Indemnizações, lançam-se boatos & outras coisas . O negócios a contrapartidas e indemnizações não tarda a surgir, revelando o verdadeiro objectivo do negócio. Mais
8. Vereador Promotor de Parques de Estacionamento é alvo de inquérito-crime por parte da Procuradoria Geral da República.
Em 2001 e 2002 a comunicação social denuncia um série de casos envolvendo Machado Rodrigues, o mentor da privatização de dezenas de jardins públicos.
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| Continua
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... A Destruição do Jardim da Rua José Lins do Rêgo
História . Cronologia . Alternativas . Estudos Técnicos . Negociatas . Comunicados . CML . Junta do Campo Grande . Assembleia Municipal . Auto-Parque . Personagens .. . | |||||
