Nova Petição
"VAMOS ABATER O FIO QUE CANTA
Nas redes sociais (Vizinhos de Alvalade) foi lançada mais uma importante petição, desta vez para acabar com os postes de madeira na célula 4 (Vivendas) no Bairro de Alvalade. É uma questão que espelha forma a pouca importância que a autarquia (Câmara e Junta) tem votado o espaço público. Leia e assine esta petição de Junho de 2024. Mais
Regular os cabos de comunicação nas nossas cidades
(a questão é demasiado relevante e actual para ser esquecida)
"As cidades portuguesas estão infectadas por uma autêntica praga visual intitulada "cabos selvagens" ou seja, por milhares de Kms de cabos de comunicação que se estendem pelas nossas fachadas tornando mais feias as nossas cidades perante a inércia das nossas autarquias locais e a falta de enquadramento legislativo nítido", do texto da petição de Junho de 2022 Rua Guilhermina Suggia: Colapso de Comércio e Serviços
Só visto. Em pouco tempo uma das ruas mais animadas da Freguesia de Alvalade entrou em colapso. Cafés, restaurantes, lojas e serviços encerraram ou estão em vias de o fazer. O senhor António (restaurador) inumera algumas das causas deste colapso: encerramento de escritórios e oficinas na zona, alterações na circulação viária, novos hábitos de consumo dos moradores, aumento das rendas, falta continuidade na gestão familiar dos estabelecimentos, ausência de cuidados dos espaços públicos por parte da Junta de Freguesia/Câmara Municipal. Mais
Casas Devolutas
Panorama em Alvalade
Requalificação do Bairro de São João de Brito
Vivenda a requalificar. Foto: 12/093/2021
Mesmo em frente do Aeroporto Internacional
de Lisboa e a cerca de 500 metros da Junta de Freguesia de Alvalade fica uma das
maiores lixeiras de Lisboa e um dos últimos bairros clandestinos.
Nas eleições autárquicas de 2017 a questão da requalificação da zona foi a mais discutida. O PS prometeu a sua rápida legalização e requalificação do Bairro de S. João de Brito (junto à "Rotunda do Relógio".) Os restantes partidos falaram na requalificaçção e legalização de toda a zona, incluindo a Quinta do Correio-Mor, Quinta do Alto e Rua das Mimosas.
A CML
comunicou aos moradores do "Bairro São João de Brito" (6/06/2017) que iria aprovar a sua legalização
e requalificação. O processo foi facilitado devido à ANA-Aeroportos de Portugal
ter levantado as restrições sobre o espaço (9,13 hectares). Este "bairro" era constituido por 118 construções ilegais, onde
habitavam 345 pessoas. Algumas destas construções serão
demolidas, a maioria serão enquadradas numa malha urbana que se
pretende com dignidade. A CML depois das eleições autárquicas previa
então gastar mais de 2 milhões para começar a lavar a cara e arrumar este espaço
caótico.
Entretanto foi elaborado um projecto que procurou compatibilizar as construções existentes com as exigências mínimas urbanísticas. Com base neste projecto de loteamento foram criados 110 lotes municipais para habitação. No dia 7 de Junho de 2018 foram feitas as primeiras escrituras para a venda de lotes. O processo de requalificação deste "bairro" de génese ilegal entrou numa nova fase. Em março de 2021 iniciaram-se as obras de infra-estruturas que se prevê durarem 2 anos, com um custo de 3,7 milhões de euros. Mais Devolutos
Rua de Entrecampos, um dos vários edificios abandonados.
Em Lisboa continuam a faltar casas para arrendar a preços acessíveis. No entanto, num levantamento que fizemos na freguesia de Alvalade o que não faltam são edificios (prédios e vivendas) devolutos. Nova Rubrica
"Programa Renda Acessível"
Quem desce a Avenida dos EUA até Entrecampos ou passa na Avenida da República, não pode deixar de reparar em enormes telas que cobrem dois edifícios onde funcionavam serviços da Segurança Social. A Câmara Municipal de Lisboa promete colocar no mercado de arrendamento casas que as pessoas podem pagar, sobretudo os mais jovens. O Programa foi lançado em 2017. A CML adquiriu à Segurança Social 11 prédios (vários em Alvalade) por 57 milhões e investiu 30 milhões na sua recuperação e adaptação. Os resultados por enquanto são insignificantes face às necessidades, esperemos que no futuro não seja tudo só propaganda. Fotos: 24/10/2019
Três Importantes Projectos Camarários em Alvalade
Após longos anos de discussão a Câmara Municipal de Lisboa em 2017 e 2018 decidiu avançar para a concretização de três projetos com grande impacto em Alvalade: a urbanização dos terrenos da antiga "Feira Popular de Lisboa", a ligação do Campo Grande- Calvanas à Alta de Lisboa e o Loteamento e Requalificação do Bairro de S. João de Brito.
Ligação do Campo Grande - Calvanas á Alta de Lisboa
A CML decidiu retomar este "velho" projeto de ligação do Campo Grande à urbanização da Alta de Lisboa. No dia 12 de Julho de 2018, pelas 18h00, no auditório do Centro Cívico Edmundo Pedro, foram apresentados e discutidos em assembleia os projectos de reabilitação desta zona. O projecto entrou, entretanto, no limbo.
Operação Integrada de Entrecampos
Após anos de indecisão a Câmara Municipal de Lisboa, em Junho de 2018, apresentou e colocou à discussão pública os projectos para uma vasta área em Entrecampos, cujo núcleo central são os terrenos da antiga Feira Popular de Lisboa. Nota positiva: a reservada de uma significativa área para os espaços verdes. Mais
Marquises
Avenida de Roma. Dois prédios com a mesma fachada, um com marquises (branco) e outro livre delas (verde). Veja a enorme diferença.
As marquises desfiguraram completamente o Bairro das
Estacas, uma das mais excelentes obras urbanísticas e arquitetónicas de
Portugal. O bairro começou a ser construído em 1952, com base num projecto dos
arquitetos Ruy Jervis d`Athouguia e Sebastião Formosinho Sanchez. Foi premiado
na Bienal de São Paulo em 1954, recebendo também o prémio municipal nesse ano.
A
cidade de Lisboa está completamente desfigurada pelas marquises ou barracas que
adornam as fachadas ou telhados dos edifícios. Excelentes
obras de arquitectura são diariamente vandalizados perante a inércia de
uma Câmara Municipal cuja única razão para existir é o
pagamento dos ordenados dos seus dirigentes e funcionários.
Os
muitos milhares de turistas que visitam diariamente a cidade, podem comprovam
que Lisboa tem mais semelhanças com um bairro degradado da cidade do Cairo
(Egipto), do que com qualquer capital europeia.
Não
choca por isso algumas não-notícias: Moradores do Campo Grande manifestam-se
publicamente contra a destruição das fachadas dos edifícios de Lisboa.
Reclamam o fim da transformação das varandas em "galinheiros". Face
à indiferença da CML perante a degradação urbanística em curso, estes
moradores levaram o caso a tribunal. É caso para perguntar: - para que serve
esta câmara?
Mais
..
Há sempre alguém que resiste ao degradação
arquitectónica das fachadas pelas marquises, como acontece neste edifício na
Avenida dos EUA. Esta avenida foi concebia em 1941 como uma circunvalação da
cidade de Lisboa. A sua divisão em lotes data de 1951, com edifícios
perpendiculares à via e com logradouros ao longo do lado norte. Os magníficos
edifícios no cruzamento com a Avenida de Roma, foram concebidos por Filipe
Figueiredo e Jorge Segurado, sendo concluídos em 1953. Excelentes arquitectos
trabalharam na concepção dos edifícios desta avenida, os quais apresentam
atualmente um aspecto irreconhecível.
Janelas Floridas em Alvalade
A
moda de fechar as varandas com marquises nos anos 80 do século XX, quase
destruiu por completo o gosto de decorar com flores as amplas varandas do
Bairro de Alvalade. Mas, como em tudo, há sempre alguém que resiste e
persiste em manter viva a tradição em Alvalade. Mais
Urbanismo
ou Atentados Urbanos?
O "bairro de Alvalade" obra de uma ditadura
foi e é uma referência mundial de um urbanismo integrado e integrador dos vários
grupos sociais. Os espaços públicos foram valorizados, disseminaram-se as
praças, as pracetas, os pequenos jardins e os amplos passeios. As varandas
nos edifícios permitiam e suscitavam a comunicação.
O paradoxo disto tudo ocorreu em 1974 com a
implantação do regime democrático. Os espaços públicos em vez de serem
valorizados foram criminosamente abandonados: praças, jardins, passeios,
equipamentos municipais, etc. As varandas, um dos símbolos de Alvalade
foram fechadas com marquises, com o único objectivo de acumularem lixo e
cortarem a comunicação com o espaço público.
A CML permitiu a construção avulso de construções
que destruíram a relação das pessoas com o bairro. Por todo o lado, passaram a
proliferar barracas, anexos e construções clandestinas. Avenidas que em tempos
eram consideradas das mais bonitas de Portugal estão hoje transformadas em
verdadeiros atentados urbanos. Os políticos e dirigentes camarários pela
sua incompetência, depois de 1974, tornaram-se desta forma inimigos do própria
democracia ao atentarem contra o espaço público.
Manuel Salgado, um "iluminado"?
Entrou para a CML em 2007 pela mão de António Costa,
que lhe deu a vice-presidência e toda a área do urbanismo. A sua nomeação foi
saudada por muitos, o Jornal da Praceta rasgou-lhe enormes elogios. Não tardou
um ano já estava envolvido nas teias das máfias da negociatas que dominam a CML,
como neste jornal na altura o demonstrou. António Costa, após as eleições de 2009 ganhas pelo
PS, confiou-lhe apenas o pelouro do urbanismo, ficando Marcos Perestrello com a
vice-presidência, mas quando este renunciou ao cargo, de novo o mesmo foi dado
a Manuel Salgado a vice-presidência.
Após as eleições de 2013, a vice-presidência foi
dada por António Costa a Fernando Medina. Quando Costa saiu da Câmara, Fernando
Medina assumiu a presidência e deu a vice-presidência a Duarte Cordeiro, e
confiou a Manuel Salgado o pelouro do Urbanismo e Planeamento Estratégico, o que
não é pouco. Manuel Salgado, como desde 2008 demonstramos,
sofre do mal da esmagadora maioria dos "urbanistas" que trabalham para a CML:
Lisboa está reduzia a uma folha de papel sobre a qual traçam uma cidade
imaginária, construída com base em concepções ideológicas e nos pareceres
de técnicos que nunca foram aos locais, mas que são sempre devidamente aconselhados por
quem conhece. Com o tempo acabam por se distanciar de tal modo do
real, que imaginam que a única cidade que existe é a que riscaram no papel. |