A cidade de Lisboa está cada vez mais
descaracterizada. Esta afirmação, cada vez mais consensual, decorre de duas
impressões distintas que a cidade provoca nos visitantes, mas também em quem
nela vive.
A primeira impressão que Lisboa provoca num
visitante é a de uma cidade a cair aos bocados. As razões para a explicação
deste fenómeno são muitas e todas conhecidas: a)
o país está envelhecido e Lisboa não constituiu nenhuma excepção. Os
proprietários, muitas vezes pessoas de idade avançada, não estão dispostos a investir
as suas economias na
renovação dos edificios que habitam ou alugam. b)
A conservação dos prédios saí
mais caro do que fazê-los de novo; c)
As rendas dos prédios antigos são de
tal modo baixas, que os senhorios há muito que optaram por deixar cair os
prédios; as leis do arrendamento continuam a não permitir uma eficaz resolução
de conflitos entre senhorios e inquilinos, prolongando-se indefinidamente os
contenciosos, etc. A segunda impressão, e aquela que agora nos
preocupa, é produzida pelo modo como a arquitectura está a ser
descaracterizada pelas marquises e outras alterações das fachadas.
As fachadas dos edificios em Lisboa estão repletas
de fios pendurados.
A regulamentação que proíbe a alteração de fachadas sem projecto, será
provavemente das mais desrespeitadas em Portugal a par dos limites de
velocidade!
Agora não ataquem as marquises sem olharem para os caixotes de ar
condicionado; Não ataquem as marquises sem olharem para as parabólicas da
MEO e TV Cabo nas fachadas; Não ataquem as marquises sem olharem para os
cabos telefónicos, eléctricos e da tv por cabo que estão pendurados nas
fachadas dos prédios; Não ataquem as marquises sem olharem para as
urbanizações de moradias , algumas delas de segmento médio alto e em que
cada proprietário entaipa os muros sem licença e com a mais diversa
variedade de material; Não ataquem as marquises sem olharem para as placas
publicitárias e toldos que os comerciantes colocam sem qualquer licença, e
as placas de advogados, médicos etc. penduradas nas varandas. - See more at:
http://forum.autohoje.com/off-topic/75992-campanha-contra-marquises-12.html#sthash.DhUVveg4.dpuf
A regulamentação que proíbe a alteração de fachadas sem projecto, será
provavemente das mais desrespeitadas em Portugal a par dos limites de
velocidade!
Agora não ataquem as marquises sem olharem para os caixotes de ar
condicionado; Não ataquem as marquises sem olharem para as parabólicas da
MEO e TV Cabo nas fachadas; Não ataquem as marquises sem olharem para os
cabos telefónicos, eléctricos e da tv por cabo que estão pendurados nas
fachadas dos prédios; Não ataquem as marquises sem olharem para as
urbanizações de moradias , algumas delas de segmento médio alto e em que
cada proprietário entaipa os muros sem licença e com a mais diversa
variedade de material; Não ataquem as marquises sem olharem para as placas
publicitárias e toldos que os comerciantes colocam sem qualquer licença, e
as placas de advogados, médicos etc. penduradas nas varandas. - See more at:
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A incúria da Câmara Municipal de Lisboa tem sido
tal que permitiu que qualquer um pudesse cobrir as fachadas dos edificios com marquises, caixotes
de ar condicionando, cabos eléctricos, parabólicas, placas
publicitárias, etc., alterando a sua estética. O resultado foi a descaraterização de belos edificios e
de ruas inteiras.
Um dos mais emblemáticos edificios
da arquitectura moderna portuguesa foi totalmente destruído por marquises e
ouras alterações que lhe foram feitas. O seu aspecto atual é o que encontramos
em edificios de cidades devastadas pela guerra e a miséria. Avenida de Roma,
cruzamento com a Avenida dos EUA. Foto: 2016
Fecho das Varandas
No caso das marquises trata-se de um fenómeno que começou no final
dos anos 70 e abrange tanto os prédios antigos como os novos. A venda
dos andares pelos senhorios aos inquilinos aumentou este fenómeno, na medida
que estes sentiram que podiam agora fazer o que lhes apetece-se às fachadas dos
prédios. Dir-se-á que a culpa é da CML , mas
naturalmente também é dos munícipes. Uma coisa é certa: Mal amada pelos que
nela vivem, muitos bairros de Lisboa tornaram-se lugares deprimentes para quem
neles habita.
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