Avenidas de Alvalade
A freguesia de Alvalade é atravessada e limitada por grandes avenidas, alguma das quais estão numa rápido processo de requalificação, outras nem tanto. Cada uma tem a sua identidade e problemas é sobre estes e muitos outros assuntos nesta página vamos tratar.
As principais avenidas de Alvalade faziam parte dos eixos estruturantes que foram ser definidos no Plano Director de Urbanização de Lisboa determinado por Duarte Pacheco (1938) e que contou com a participou de E. de Groer (1938-1940).
Neste plano foram definidas várias radiais que dariam acesso aos novos bairros, como o de Alvalade e arruamentos na cidade.
1. A poente surgia um eixo com início na Avenida Almirante Reis, passando pelo Areeiro, Avenida do Aeroporto (atual avenida Gago Coutinho) até à Encarnação ligando a cidade ao norte do país.
2. Ao centro temos o eixo da Avenida da Liberdade, Avenida da República, Campo Grande até ao Lumiar ligando a cidade ao norte.
3. O eixo a partir da Avenida António Augusto de Aguiar, passava por S. Sebastião e Palhavã , seguia para o Lumiar, Carnide.
4. O eixo que partia da Rotunda do Marquês de Pombal seguia para Campolide, Campo de Ourique, atravessa o Monsanto e daqui seguia para o Estoril, Cascais.
5. Ao longo do Rio Tejo surgia para leste e oeste outro dos eixos fundamentais da cidade.
Estas radiais estavam articuladas com circulares que as atravessava, destacando-se as seguintes:
- A 2ª. Circular que começava na Matinha vinha pela Portela de Sacavém (aeroporto) prosseguia pelo norte do Campo Grande e daí até ao limite norte do Monsanto.
- A 3ª. Circular começava no Beato, Chelas, Areeiro, Avenida dos Estados Unidos , Entrecampos, Sete Rios e Monsanto.
- A 4ª. Circular começava em Xabregas, seguia por detrás do cemitério do Alto de S. João, passava pela Praça do Areeiro, Avenida de Berna, Palhavã e Monsanto.
- A Circunvalação que contornava na altura os limites urbanos da cidade faria a distribuição do tráfego. Corresponde hoje à atual CRIL, embora numa dimensão mais alargada.
É fácil de verificar não apenas que estes eixos e circulares continuam a ser estruturantes na cidade de Lisboa, mas também que na sua maior parte atravessam a freguesia de Alvalade. |