Jornal da Praceta


Informação sobre a freguesia de Alvalade

(Alvalade, Campo Grande e São João de Brito )

Câmara Municipal de Lisboa

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 Carmona Rodrigues

(Presidente da CML, 2004-2005, 2005 -2007)

 

António Carmona Rodrigues entrou para a CML pela mão de Santana Lopes. Entre 1 de Janeiro de 2002 e 4 de Abril de 2003 foi o nº 2 de Santana Lopes. Pelouros e outros cargos: Entre Janeiro e Abril de 2002: Vice-presidente e vereador do Planeamento urbanístico, Infra-Estruturas viárias e saneamento, depois de 29 de Abril foi-lhe atribuído os pelouro do transito, património, protecção ambiental, manutenção de equipamentos electromecânicos e electricos.

 

Em Abril de 2003 abandonou a CML, em virtude de ter sido nomeado Ministro das Obras Públicas, voltando à CML em Julho de 2004, quando Santana Lopes assume o cargo de primeiro-ministro.

Em Março de 2005 foi afastado da presidência da câmara por Santana Lopes da forma mais humilhante, depois de derrota eleitoral do PSD a 20 de Fevereiro de 2005. 

 

O novo líder do PSD acabou por o escolher  para concorrer à CML. Volta a assumir o cargo em Setembro, depois de ter ganho as eleições de 9 de Outubro de 2005.

 

Em Abril de 2007 foi posto no olho da rua pelo PSD por comprovada incompetência e  por estar alegadamente envolvido em casos de corrupção, peculato e tráfico de influências. As dívidas da CML ascendiam a 1.261 milhões de euros ! A gestão da câmara estava num caos.

 

Breve Biografia

António Pedro de Nobre Carmona Rodrigues era uma das figuras que maior seriedade inspirava, em Dezembro de 2001, na equipa de Santana Lopes. Tinha aquilo que se chama um currículo técnico e científico. Reunia outros predicados que podiam gerar simpatias em certas franjas do eleitorado: sobrinho-neto do ditador marchal Carmona, dono de uma colecção de 13 motos,  antigo jogador de raguebi (rugby).  

Nasceu em Lisboa, em 1956, no Bairro de S. Miguel (Freg. Alvalade). Estudou no Liceu Padre António Vieira, onde se tornou amigo de Santana Lopes. Formou-se depois em engenharia civil (1978), passou pela Holanda onde se diplomou em Hydraulic Engineering, em Delft, Holanda (1982) e pelos EUA, doutorou-se finalmente em Portugal em engenharia do ambiente (1992).

Era professor de Hidrologia e de Hidráulica nas licenciaturas em Engenharia do Ambiente na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, presidente da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos, membro do Conselho Nacional da Água.

Em termos políticos era contudo uma incógnita. Ninguém lhe conhecia uma posição pública de relevo. Foi Assessor do Secretário de Estado do Ambiente e dos Recursos Naturais (1993 a 1995). Durante este período, esteve envolvido nas reuniões de negociação com Espanha para um novo Convénio sobre o uso da água nos rios internacionais. Tudo isto não impediu que Santana Lopes, seu amigo desde o Liceu, o nomeasse vice-presidente da CML em 2002.

A 4 de Abril de 2003, após a saída de Isaltino de Morais do Governo, por envolvimento em negócios obscuros (contas em bancos na Suíça, etc), assume a pasta das obras públicas. Com a saída de Santana Lopes, em Julho de 2004, regressa à CML para assumir a presidência. 

A situação complica-se com o regresso de Santana Lopes à autarquia na sequência da derrota eleitoral de 20 de Fevereiro de 2005 (Eleições Legislativas). Carmona é então sujeito a uma verdadeira humilhação pública, quer por parte de Santana Lopes, quer dos restantes vereadores do PSD. Não há memória na cidade de Lisboa de algo semelhante. Apesar disto, Marques Mendes, líder do PSD, acaba por o escolher para candidato deste partido à CML.

Carmona acabou por ganhar as eleições autárquicas de Outubro de 2005, mas o que se seguiu foi um verdadeiro pesadelo para a cidade de Lisboa. Os gabinetes dos vereadores, os serviços e as empresas municipais encheram-se de militantes do PSD e do CDS-PP, nomeadamente dos que tinham sido corridos da Câmara Municipal de Oeiras. 

Em menos de um ano sucederam-se a um ritmo vertiginoso os casos de corrupção, peculato e tráfico de influências. A Polícia Judiciária foi chamada a intervir, entre os arguidos contam-se dois vereadores, um dos quais era Vice-Presidente (Fontão de Carvalho). Perante este deprimente cenário, Carmona deu mostras de não passar de um simples instrumento do PSD e do seu lider (Marques Mendes), fazendo o que este lhes diz para fazer, revelando não ter qualquer independência política. 

Sem qualquer noção do importante cargo político que ocupa, quando a coligação com o CDS-PP se desfez (11/11/2006), limitou-se a afirmar que não esperava semelhante desfeita do seu amigo de infância - José Ribeiro e Castro, lider deste partido. A questão não era para ele política, mas pessoal. 

Em 2007, quando estava na iminência de ser constituído arguido no caso da Bragaparques, pirou-se de fim de semana para Inglaterra para assistir a um evento de motos antigas. A cidade que se lixasse.

Carmona em menos de dois anos levou a CML à bancarrota, tendo as dívidas atingido 1.261 milhões de euros, sendo 981 milhões dividas a curto prazo. Em Abril de 2007 a autarquia teve que contrair um empréstimo de 30 milhões para assegurar o pagamento dos subsídios de férias dos funcionários. Se o passivo financeiro é gigantesco, o estrutural muito mais grave pois ir-se-á repercutir ao longo de muitos anos. A Câmara de Lisboa está hoje repleta de empresas municipais, serviços, dirigentes, assessores e funcionários que são uma completa inutilidade. Gerações de portugueses irão suportar os custos desta parasitagem, sem que daí advenha qualquer utilidade social.

Um exemplo paradigmático desta gestão ruinosa e incompetente foi a decisão que tomou poucos dias antes de ser corrido da CML, quando autorizou a destruição de um jardim público, na Rua José Lins do Rêgo de modo a viabilizar a apropriação do seu espaço por um grupo de privados. 

Especial: O Caso da Rua José Lins do Rêgo

   Carmona Rodrigues - Presidente da CML

(2004-2005, 2005-2007)

Após ter sido eleito presidente do município as suas primeiras medidas, em 2005, foram aguardadas com grande expectativa, o que se seguiu não desiludiu ninguém, revelando-se um digno continuador da obra de Santana Lopes. Em pouco tempo a CML mergulhada em negócios e negociatas de toda a espécie. As dividas contraídas rapidamente ascenderam a mais de 1.261 milhões de euros, a solução encontrada para pagar aos fornecedores foi começar a vender o património ao desbarato. Em fins de Janeiro de 2007, ocorreu o esperado: a Polícia Judiciária resolveu dizer basta. Os cidadãos aplaudiram. 

Como se tudo isto não bastasse, no dia 26 de Abril ficou-se a saber que o presidente da autarquia havia sido constituído arguido no processo da Bragaparques. O caos é total. No dia 2 de Maio, o lider do PSD, correu finalmente com Carmona da CML retirando-lhe a sua confiança política.

Equipa de Carmona na CML (2005-2007)

Actuação na CML (2002-2005) 

Actuação na CML (2005-2007)

 

   
   





 

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