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Alvalade e as suas Novas Gentes
A freguesia de Alvalade está longe de ser a mais cosmopolita de Lisboa, embora seja habitada por muitas e variadas gentes. Um sinal distintivo da cidade na época dos descobrimentos, quando todos os caminhos do mundo para aqui conduziam. A presença de imigrantes que incomandam a peste na freguesia, acompanhou o ritmo da sua entrada no país, sobretudo depois da Pandemia (2021), quando foi necessário relançar a economia. A carência de mão-de-obra levou ao fecho de muitas empresas por todo o país, como foi notório em Alvalade.
Vamos a números. Em 2021, o número de autorizações de residência era 714.508. Em 2022 . Em 2023 (valores corrigidos): 1.304.833 e no anos seguinte: 1.543.697. É fácil constatar que largas centenas de milhares destes imigrantes não estão em Portugal mudaram-se para outros países da UE. A 31/12/2025 a maior comunidade era a brasileira (484.596), seguindo-se a comunidade indiana (98.616), angolana (92.348), ucraniana (79.238), caboverdiana (65.507), bangladesch (55.199), italiana (40.021), chinesa (30.734), francesa (29.009), espanhola (22.130) e dos EUA (19.258), para só citarmos estas. Mais
Brasileiros
Os brasileiros, com ou sem a sua situação regularizada, é a maior comunidade migrante em Portugal. Quantos são ? É dificil apurar o número. A 31/12/2025 autorização e residência 484.596 brasileiros, mais 31,4% do que no ano anterior (368.449). Luso-descendentes que não entram nas estatisticas, calcula-se que sejam cerca de 200 mil. Ilegais ou com o processo em curso de legalização, calcula-se que ultrapassem os 300 mil. A comunidade é actualmente muito diversificada nas suas competências profissionais e estatutos sociais. Estão presentes em todos os sectores de actividade e níveis de direcção nas empresas.
São oriundos de todos os cantos do Brasil. Nos anos noventa a percepção que se tinha é que a maioria vinham de pequenas cidades do interior, hoje imigram também dos grandes centros urbanos. As razões que os levaram a atravessar o Atlântico e escolher Portugal, repetem-se, e tem à cabeça a procura de mais segurança e a melhor educação para os filhos. Portugal surge também como uma porta de entrada para os países da União Europeia onde o trabalho é melhor remunerado. Portugal continua a ser um país de emigrantes.
Nas redes sociais, como é fácil constatar, abunda a desinformação sobre Portugal e as reais dificuldades que um imigrantes enfrenta no país. Dificuldades que levam muitos a pedir ajuda para regressar ao Brasil, devido factores como o desemprego, dificuldades de acesso ao mercado de trabalho, situação irregular, falta de preparação no processo migratório, nomeadamente de documentação, e sobretudo o custo de vida mais elevado. Em 2022 cerca de 80 brasileiros pessoas pediram por mês esta ajuda. O número dos que acabam a dormir na rua não parou de aumentar.
A língua e uma raíz cultural comum facilita, em princípio, a sua rápida integração, mas nem sempre é o caso. Um caracteristica do imigrante brasileiro, comparativamente com a generalidade da população portuguesa, é a sua maior propensão para intervirem na sociedade, como está patente na sua presença na comunicação social e nas redes sociais. Alvaro Filho, um brasileiro que escolheu Alvalade para morar é disso um bom exemplo. Da ficha de apresentação do jornal onde presentemente escreve (A Mensagem, 2024) regista-se o seguinte: "Jornalista e escritor brasileiro, 50 anos, há sete em Lisboa. Foi repórter, colunista e editor no Jornal do Commercio, correspondente da Folha de S. Paulo, comentador desportivo no SporTV e na rádio CBN, além de escrever para O Corvo e o Diário de Notícias. Cobriu Mundiais, Olimpíadas, eleições, protestos – num projeto de “mobile journalism” chamado Repórtatil – e, agora, chegou a vez de cobrir e, principalmente, descobrir Lisboa."
O aumento do número imigrantes na população portuguesa, depois da pandemia (2020/2021), colocou naturais problemas de integração. Ideias feitas (preconceitos) sobre outros povos, ainda que ditos "irmãos" acabam sempre por emergir, e foram logo aproveitados por movimentos de extrema-direita racistas e xenofobos. Em pouco tempo, o seu principal partido tornou-se numa importante força política anti-imigração. Embora, os brasileiros não sejam o seu alvo principal, não deixam de ser incluidos no lote do imigrantes "indesejáveis". Em 2025, o governo de Direita restringiu a entrada de imigrantes, dificultou o reagrupamento familiar e o acesso à nacionalidade e tornou mais fácil a expulsão do país.
Piadas
Apesar de uma raiz cultural comum, as acusações de racismo e xenofobia são mútuas. Uma questão com tem origens históricas.
Desde a independência do Brasil (1822) que os portugueses são as figuras privilegiadas das anedotas (piadas) brasileiras. Trata-se de um humor que encobre uma manifestação racista e xenófoba, que continua a alimentar e perpétuar a imagem (estereótipo) de Portugal como um país atrasado e povoado de gente estúpida. No processo de independência e definição da identidade nacional brasileira, no século XIX, funcionou como uma forma de unir os brasileiros sepando-os das suas raízes portuguesas. Um corte essencial para a afirmação de uma nova nacionalidade. Ao " português" desligado do "brasileiro", foram-lhe atribuidas todos os males que o Brasil no passado e presente enfrenta (bode expiatório). Não tardou que todo o povo português, sobretudo depois de 1890, passa-se a ser ridicularizado nas piadas de modo permitir ignorar as raizes comuns, a construção do próprio país. O brasileiro branco, no nossos dias, desligado do seu próprio passado histórico, acusa o "português" de ter roubado os recursos do Brasil, escravizado indios e africanos, sem assumir-se como beneficiário destes actos. Programas televisivos, espectáculos e publicações difundem sem cessar estes estereotipos. Nas piadas, o "português" denominado Manuel ou Joaquim, e a sua mulher chamada invariavelmente Maria, têm um nível de inteligência inferior à de um macaco (a). Na sua "santa ingenuidade" a única preocupação que tem na vida é arranjar dinheiro, não importa a forma.

Nas piadas brasileiras do português este não é um caso isolado, um pacóvio qualquer, mas caracteriza todo um povo, daí o recurso dos humuristas a simbolos e referências nacionais.
Roubo do Ouro do Brasil No processo de afirmação nacional do Brasil, difundiu-se a ideia que os portugueses roubaram o ouro do Brasil. Um tema que ainda hoje serve de acusação contra Portugal pela pobreza de parte da população brasileira (!!!). A exploração do ouro ocorreu entre 1697 e 1730, numa altura que o Brasil fazia parte de Portugal, não constituia nenhum território independente. Com excepção dos indios e escravos, a esmagadora maioria da população era portuguesa ou descendente de portugueses. Em rigor não podemos falar sequer de brasileiros antes de 1822. Os únicos que podem alegar terem sido roubados foram os indios, que habitavam este território antes dos portugueses o começarem a colonizar. Do ouro extraído por privados, o Estado cobrava 20%, como imposto. A questão teria apenas uma relevância histórica, não fosse a utilização deste imposto ainda servir de acusação/justificação para problemas actuais. Primeiras Vagas de Imigrantes
A partir dos anos noventa do século XX, assistiu-se a um crescente aumento do número de imigrantes brasileiros, assim como aos primeiros problemas, envolvendo o reconhecimento oficial das habilitações dos dentistas brasileiros. No inicio do IIIº milénio, ocorre o célebre caso das prostitutas que chegavam do outra lado do Atlântico, produzindo em muitos cabeças deformadas a ideia que as mulheres brasileiras eram todas prostitutas. Em 2003, na cidade de Bragança, ocorreu o primeiro caso com repercussão internacional: um grupo de mulheres locais uniu-se para expulsar cerca de 300 prostitutas brasileiras que se haviam instalado na cidade que, na altura, contava com pouco mais de 20 mil habitantes.
O número de estudantes brasileiros continua a aumentar, gerando alguns problemas pontuais, surgindo algumas acusações de discriminação. Alguns portugueses afirmam que os brasileiros estão a roubar-lhes vagas nos cursos, e estes, por sua vez, dizem que os professores e as instituições são mais exigentes com eles. Na Faculdade de Direito da UL (Alvalade) ocorreu, em 2019, o primeiro caso de alegada xenofobia. Foi colocado no campus da Universidade, uma caixa para atirar pedras aos brasileiros que estariam a ocupar vagas em cursos, dificultando a entrada de estudantes portugueses. O assunto, passou despecebido.
A Grande Vaga de Imigrantes Após a pandemia (2020/2021), como já referimos, assistiu-se à entrada em Portugal de grande número de imigrantes provenientes das mais diversas origens. Havia uma clara falta de mão-de-obra em todos os sectores de actividade, necessária para o relançamento da economia. Muitos imigrantes aproveitaram a oportunidade para aque se fixarem durante algum tempo, e depois de obterem um visto de residência, seguirem depois para outros países na União Europeia, onde poderiam auferir melhores salários. Esta expressiva presença de brasileiros na sociedade portuguesa, muito dinâmica, ampliou as criticas a uma alegada descriminação que era alvo e à falta de apoio no seu processo de integração social.
Em 2023, um grupo de estudantes brasileiros, aproveitou a vinda de Lula da Silva a Portugal e entregou uma carta à então ministra da Igualdade Racial (Anielle Franco), denunciando discriminações que eram vítimas. Um estudante português desta faculdade, insurgiu-se contra o teor da carta, afirmou que as "pedras" que não passariam de uma "brincadeira" e abriu uma polémica, com repercussão na comunicação social e na própria Universidade de Lisboa.
O Diário de Notícias, na edição de 1/07/2024, num texto de Nuno Tibiriçá, surge um testemunho aterrador sobre xenofobia contra brasileiros, alegadamente passado no Campo Grande (Alvalade). Luiza Villena, paulista, afirma ter aqui sentido na pele o ódio contra os brasileiros. Quando um dia se abeirou de uma varanda, alguém espirrou na sua direcção e de seguida foi-lhe atirado um iogurte de grandes dimensões. No dia seguinte, um papel fora afixado na porta onde residia, onde se lia que as brasileiras eram umas "porcas" e que não eram bem vindas a Portugal para se prostituirem ou roubar trabalho aos portugueses. Fez queixa na 18ª. Esquadra do Campo Grande, mas segundo afirma, a policia não quis investigar para descobrir os responsáveis. "O policial disse "aqui é assim mesmo. Se vocês vieram pra cá, vocês vão passar por esse tipo de coisa". Ainda não conseguimos apurar a verdade deste testemunho, nem o local onde o mesmo se passou.
Nas redes sociais, local propício à multiplicações de denúncias anónimas de discriminações racistas e xenofobas, os portugueses são acusados de rebaixarem os brasileiros, por supostamente, não saberem falar com correcção, não respeitarem os seus vizinhos, nem os costumes locais, andarem sempre de chinelo nos pés ou trazeram bandos de criminosos e prostitutas. Acusações eventualmente suportadas em experiências individuais e pontuais que são generalizadas, pelos motivos mais diversos, nomeadamente estupidez.
Estes preconceitos de parte a parte são resultado de um desconhecimento mútuo, surgido no século XIX e que se mantém nos nossos dias. É evidente que estes preconceitos só terminam através de um melhor conhecimento reciproco.
Estabelecimentos Nos mais diversos estabelecimentos, desempenhando as todas as funções, encontramos brasileiros. Por toda a freguesia encontramos também os mais diversos estabelecimentos criados por brasileiros, reveladores de uma comunidade muito dinâmica. 
Xama - Espaço multicultural, na Rua Afonso Lopes Vieira, 54A (Alvalade). Malu Proença, uma artista no tratamento de sobrancelhas, como um seu companheiro, decidiu em maio de 2023, abraçar este novo desafio, que rapidamente se tornou num novo ponto de encontro da comunidade brasileira na freguesia. Foto: Julho de 2024
Redes Sociais
Os brasileiros, como dissemos, são muitos activos nas redes sociais onde publicando milhares de videos, difundindo imagens de Portugal, regiões, cidades e até de que pequenos lugares. Os portugueses, referidos como "eles", tornam-se num objecto de análise para os brasileiros. São poucos os videos que descobrimos sobre Alvalade. As imagens que encontramos ilustrar um "bairro charmoso", movimentado, com muito comércio e serviços, destacando os comentadores o preço muito elevado do aluguer ou da venda de casas. Quando ao resto são informações muito vagas, frequentemente erradas, confinando a freguesia de Alvalade à Av. Rio de Janeiro e Av. da Igreja, como uma referência obrigatória à existência de um avenida com o nome de Brasil.
Estes videos podem serem agrupados em dois tipos, os turisticos e os virados para imigrantes. Nem sempre a fronteira é nítida entre eles. As imagens são quase sempre dos mesmo lugares, os mais frequentados por turistas. Espaços culturais, como visitas a monumentos, museus, exposições ou espectáculos poucas vezes são mostrados. Percebe-se que alguns dos percursos turisticos são verdadeiros levantamentos sobre o ambiente, hábitos da população local, alojamentos, alimentação, trabalho, transportes, educação, saúde e redes de apoio de compatriotas. O objectivo parece ser o de indagar da possibilidade de uma futura migração. O país é considerado muito cosmopolita porque se ouvem falar muitas línguas e ter muitos estabelecimentos de marcas internacionais.
Os videos destinados a imigrantes brasileiros, na sua maioria, descrevem experiências pessoais desde os primeiros contactos com os espaços urbanos, a população, a cultura, as dificuldades em encontrar alojamento ou trabalho e o preço dos bens essenciais. Fazem-se comparações entre Portugal e o Brasil a propósito de tudo, incluindo nomes diferentes para as coisas. As diferenças, por míninas que sejam são hipervalorizadas. A questão da legalização, ainda que seja muito favorável a todos brasileiros em relação a outros imigrantes, é um enorme problema. Não raro, como acontece com todos os processos de imigração denunciam-se dificuldades intransponíveis e até fracassos: a enorme burocracia nos serviços de imigração, o isolamento e a falta de apoio, experiências de hostilidade, vigarices, salários muito baixos e até um clima agreste comparativamente com o Brasil. A conclusão é que foi um erro virem para Portugal, ou que a vinda foi mal planeada. Não deixa de ser curioso que nestes videos os brasileiros raramente se refiram a imigrantes de outras nacionalidades com os quais, muitas vezes competem no mercado de trabalho e no aluguer de alojamentos.
Ao contrário dos videos anteriores, muitos apresentam uma visão "cor de rosa" da imigração para Portugal e do próprio país. Difundem a ideia que qualquer brasileiro, independemente das suas qualificações e vivências, encontrará à sua espera neste canto da Europa, uma vida muito melhor daquela que desfrutou no Brasil. Tudo isto obterá sem grande trabalho ou obstáculos, e em qualquer lugar que aqui escolha para viver. Alguns "administradores" de canais, apresentam a sua experiência pessoal e oferecem os seus serviços para apoiarem os que chegam. Não admira que muitos relatem que vieram à aventura com a familia inteira e sem ninguém conhecido no país, e acabem desiludidos.
Os videos de estudantes brasileiros em Portugal são mais criticos, abordando sumariamente o colonialismo, preconceitos, discriminação dos brasileiros, etc. Na esmagadora maioria dos casos, as acusações são vagas, não permitindo indentificar os intervenientes, locais, datas e horas. Também muito criticos são os videos de brasileiros com formação superior, os motivos são os mesmo. Em geral, reclamam para os brasileiros em Portugal um tratamento particular em relação a todos os outros imigrantes, os quais raramente são referidos. O enquadarmento de Portugal na União Europeia, onde as regras de imigração são comuns entre os países, assim como as questões das reciprocidade Portugal-Brasil são ignoradas.
Um dos factos da maior relevância destes videos, é o de pela primeiras vez em Portugal, os imigrantes passarem a ter um voz activa e com grande eco social, ainda que os brasileiros apenas falem da sua situação particular. O poder das imagens é o que se destaca em todos os videos. O narrador pouco se afasta do que mostra. Estamos perante um fenómeno que nos permite também compreender as enormes dificuldades que atravessaram e continuam a ter os milhões de portugueses que emigraram.
Youtubers e Influencers
As redes sociais criaram um novo tipo de "profissão" para quem quer viver da criação de "conteúdos", sendo remunerado pelas várias plataformas (YouTube, Facebook, Tiktok, Instagram, etc) em função dos "likes" que cada "peça" produzida regista. É este pagamento que alimenta a produção, por exemplo, dos milhares de videos sobre imigrantes na internet, intercalos de publicidade. O problema é que os youtubers e influencers para conseguirem elevados números de likes seus seguidores, recorrem frequentemente à produção de noticias falsas, casos ou imagens chocantes. Uma receita que transformou as redes sociais em veiculos propagadores do ódio, racismo e xenofobia contra os imigrantes e quem os acolheu. Publicam formas de contornar as leis da imigração na Europa, colocando os que se deixam iludir pela facilidade, em sérios problemas com a justiça.
Criminalidade
A associação dos imigrantes a uma suposto aumento da criminalidade na Europa faz parte da agenda da extrema-direita. O objectivo é instalar um sentimento de insegurança e o medo do Outro, para a tomada do poder político por parte de forças chauvinistas, desagregadoras da União Europeia como espaço de liberdade. As comunidades muçulmanas são neste domínio, o principal alvo (islamofobia). No caso da comunidade brasileira, alguns sinais merecem alguma atenção. A extrema-direta tem procurado difundir a ideia que com o aumento da imigração brasileira, sem grandes restrições, provocou a implantação no país de mafias criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC). O próprio governo viu-se obrigado a 16 de Dezembro de 2024 a desmentir a "informação" que estava circular que todos os presos da Penitenciaria de Coimbra pertenciam ao PCC. O presidente do sindicato dos guardas prisionais, incendiou a questão, afirmando que as prisões do país estavam cheias de membros do PCC. Outros falaram em células adormecidas dos seus membros que estavam difundidas por todo o pais, mencionando pequenos negócios de brasileiros sem quaisquer retorno que justifique a sua existência. Um coronel português, não tem dúvidas que o PCC está bem implantado no país e é responsável pelo aumento de armas nas mãos de criminosos (Expresso, 3/01/2025). Estas noticias não deixam de afectar negativamente percepção de muitos portugueses sobre esta comunidade, como aliás alguns videos já o registam. É expectável que entre as centenas de milhares de brasileiros que nos últimos anos vieram para Portugal, tenham vindo também criminosos com largo cadastro. Não são imigrantes, mas criminosos. Não estão aqui para viverem e contribuirem para a comunidade, mas para extorquirem o que não lhes pertence. O problema são as generalizações que fomentam as teorias da conspiração, ameaças colectivas infundadas. Fotos: 10/01/2025
Igrejas Evangélicas em Alvalade
Nos últimos anos tem-se multiplicado o número de igrejas evangélicas em Alvalade, um fenómeno idêntico ao registado em todo o país, acompanhando o crescimento da imigração brasileira e dos países lusofónos onde estas igrejas estão implantadas. Curiosamente, também a cartilha política dos evangélicos brasileiros já chegou a Portugal. Nas eleições de março de 2024, o pastor-político brasileiro Marco Feliciano, um dos 204 deputados evangélicos dos 513 deputados da Câmara dos Deputados do Congresso Brasileiro, apelou ao voto dos evangélicos residentes em Portugal num partido de extrema-direita, tendo a votação do mesmo disparado. A Aliança Evangélica negou que esta intervenção se tenha efectivado. A comunicação social divulgou também o caso de um pastores brasileiros, envolvidos na exploração do alojamento de imigrantes, e que oferece os seus serviços aos partidos de direita para angariar votos entre os evangélicos. Um caso a acompanhar. Foto:15/12/2024.
Avenida do Brasil 
Avenida do Brasil

A antiga Igreja Evangélica de Alvalade. Rua Acácio Paiva
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A Igreja Maná já foi um "potentado" em Alvalade. Rua João Saraiva

Espaços da Igreja Maná em Alvalade. Rua João Saraiva

Rua Acácio Paiva

Rua Acácio Paiva

Rua do Centro Cultural

Rua Marquesa de Alorna

Este edificio, como outros em Alvalade, já foram ocupados por igrejas evangélicas. Pela falta de crentes ou outros motivos a igreja desapareceu. Rua Flores do Lima
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