Jornal da Praceta


Informação sobre a freguesia de Alvalade

(Alvalade, Campo Grande e São João de Brito )

Jardins e Parques

      Anterior

Jardim do Campo Grande: o Mega-Espaço Jovem (II)

 

As casas de banho abandonadas seriam transformadas em Cibercafés (foto 2003).

 

 

A CML,  em Abril de 2003, anunciou que iria promover a re-qualificação do jardim. Desde então foram sendo anunciados mega-projectos para a recuperação do Jardim nunca concretizados.

.

A antiga Junta de Freguesia do Campo Grande e a vereadora da CML Ana Sofia Rodrigues, desdobram-se em declarações sobre o Jardim do Campo Grande. Prometeram então uma completa revolução para este jardim que se encontra em adiantado estado de degradação. No primeiro trimestre de 2004 nasceria aí uma vasto complexo destinado ao jovens da capital. Em Agosto de 2005 já o assunto estava morto e enterrado. O dinheiro entretanto gasto com a propaganda deste projecto dava para realizar grande parte da obra prometida

...

Os megaprojectos camarários para o Eixo Baixa-Campo Grande

Um Rol de Promessas de Santana Lopes & Compª.

(2002-2004)

Pedro Santana Lopes, entre 2002 e 2004 não parou de prometer mundos e fundos aos habitantes de Lisboa, e em particular aos moradores do Campo Grande.

A primeira grande promessa foi anunciada, em Abril de 2003, pela vereadora Ana Sofia Bettencourt. Com pompa a circunstância  foi dito que o Jardim do Campo Grande seria profundamente remodelado, sendo aí criado um Mega-Espaço Jovem no decadente "Centro Comercial Caleidoscópio". Santana zangou-se coma vereador e acabou por chamar a si os louros do projecto. 

Em Dezembro, prometeu que o Hipódromo do Campo Grande seria mudado para Monsanto. 

Galvanizado com as inúmeras promessas que então fazia, em Janeiro de 2004, prometeu uma verdadeira revolução nas recuperação das habitações e espaços públicos no eixo central  de Lisboa entre a Baixa Pombalina e o Campo Grande

A Junta de Freguesia do Campo Grande (PSD/CDS), ao nível local e durante mais de dois anos bombardeou os moradores com propaganda sobre as obras que iriam ser feitas pela CML. As expectativas acabaram por ser enormes.

A escolha deste eixo prendia-se com o facto de nele se localizar o principal projecto de Santana Lopes - a construção de um casino em Lisboa. Durante cerca de 2 anos Santana Lopes andou a estudar e a anunciar projectos que outra finalidade não tinham do que a de servirem os objectivos do Casino. Quando os promotores do Casino decidiram optar pelo Parque das Nações, a maioria dos projectos anunciados começaram a ser abandonados pela CML.

A verdade é que os lisboetas, em 2004, tinha de Santana Lopes uma ideia formada: era um incompetente rodeado de parasitas. A CML estava num caos, a descoordenação dos serviços era total. Bandos de incompetentes tomaram conta da autarquia. Enquanto tudo isto se passava, a propaganda camarária não parava de aumentar. O que aqui se deixa registado é uma síntese possível desse período. 

Mega Espaço Jovem

 

A CML foi transformada numa enorme máquina de propaganda ao serviço de Santana Lopes e dos seus vereadores.

1ª. Grande Promessa

Em Abril de 2003, a Junta de Freguesia do Campo Grande e a vereadora da CML Ana Sofia Bettencourt, desdobram-se em declarações sobre o Jardim do Campo Grande. Prometeram então uma completa revolução para este jardim que se encontra em adiantado estado de degradação. 

No primeiro trimestre de 2004 nasceria nele um vasto complexo destinado às crianças e jovens da capital.

O Centro Comercial Caleidoscópio em adiantado estado de decadência seria transformado num "centro inter-relacional dos jovens com a cidade e com o mundo", dotado de salas polivalentes, biblioteca, auditório, ateliers, zonas de estudo com apoio informático. 

Ao longo do jardim, seriam construídos outros equipamentos, tais como um parque infantil com múltiplas actividades lúdicas inspiradas na cidade de Lisboa, um salão de festas de anos, um parque para desportos  radicais, um centro de educação  rodoviária, um anfiteatro para a 3ª. Idade, um cybercafé, etc. 

Completando esta obra já de si magnífica todo o jardim actualmente degradado e entregue ao abandono e a marginais seria recuperado. 

(Cf.Jornal da Região de Lisboa Norte,21/4/2003 e Boletim da Junta de Abril de 2003)

 

Comentário

Nenhuma pessoa que tenha conhecido o antigo jardim do Campo Grande, não deixa de lastimar o seu estado actual de abandono e degradação. A promessa de Santana Lopes não pode deixar de ser aplaudida por todos os lisboetas. O problema é que estamos perante uma personagem que mente com a mesma facilidade como respira. A prova disso são as suas múltiplas e contraditórias posições sobre os parques de estacionamento subterrâneos em jardins públicos

Após ouvirmos as promessas da vereadora Ana Sofia Bettencourt e de Santana Lopes, fomos saber o que pensam do assunto os funcionários camarários do jardim e os proprietários dos estabelecimentos no Centro Caleidoscópio. A sua primeira reacção não podia ser mais clara: uns sorriram e outros riram-se ! Uma funcionária do Museu da Cidade, enquanto arranjava o cabelo no referido Centro foi mais explicita: "Estes gostam de prometer mundos e fundos. Não ligue senão ainda dá em doida" (Maio de 2003). 

Contactamos também dirigentes próximos de Santana Lopes. Daí vieram as grandes surpresas, e sobretudo mais interrogações sobre tão auspicioso projecto. "O Presidente está pelos cabelos com a Sofia Bettencourt." O certo é que em meados de Maio de 2003, Santana resolveu afastar uma catrefada de "boys" do PSD admitidos na CML pela citada vereadora. Faltava-lhes tudo: experiência, currículo e sobretudo competência. "A miúda pensava que a CML era um quintal dela e dos amigos da JSD. Sabia que estes malandros apoiam a Belém não Santana mas Cavaco?. São uns ingratos".

Maio de 2003

Nota: Três anos depois, como se verá, acabamos por dar razão à funcionária da CML. 

Desvenda-se uma operação de propaganda

O Jornal da Praceta , em Maio de 2003, contactou vários membros da equipa de Santana Lopes a fim de procurar perceber o que este andava a congeminar. Como então relatamos, ficamos espantados com os seus mega projectos. Tantos que não dava para acreditar. Hoje sabemos que não eram para levar a sério. A sua única real preocupação, parece ter sido apenas única, a de criar as melhores condições para a implantação de um Casino em Lisboa. Tudo o mais era secundário.

O que a seguir se descreve foi-nos relatado, em 2003, por fontes próximas de Santana Lopes.

Corredor Casino - Estádio do Sporting 

Pedro Santana Lopes pensa em grande. Afirmaram-nos alguns dos seus mais directos colaboradores, quando os consultamos em Maio de 2003. Após ter vendido aos lisboetas a ideia de um Casino ficou com um problema nas mãos: os acessos ao casino !. 

Se os transportes por mar e por comboio estavam à partida assegurados pela localização entretanto escolhida junto à zona ribeirinha, o mesmo não se poderá dizer dos acessos por automóvel para quem vem dos arredores ou mesmo do norte do país onde reside a maior parte da população.

É neste contexto que surgiu a necessidade de se criar um corredor para o casino, cujo troço central é o Eixo Baixa-Campo Grande. Em pouco tempo Santana Lopes terá concebido uma série de obras para este Eixo, tendo em vista criar ao longo do mesmo um efeito de deslumbramento, secundarizando desta forma o impacto negativo que o aumento do tráfego provocado pelo casino irá gerar no centro da cidade.  É certo que algumas obras foram lançadas pelo seu antecessor, mas ele pensa que as mesmas serão facilmente integráveis como componentes da sua obra maior, o Casino de Lisboa. 

A concentração das obras ao longo de um eixo central da cidade, tem segundo Santana Lopes, uma vantagem inquestionável: favorece o seu impacto sobre a população. Condição por si imposta para se fazer o que quer que seja na CML. 

.Projectos 

Casino. Durante a campanha eleitoral Santana Lopes nunca falou do Casino, mas depois que foi eleito, em Dezembro de 2002, não tem feito outra coisa. É sabido que o Casino hoje orienta e condiciona todas as suas acções. Para muitos a sua eleição só será mesmo explicável se se colocar a hipótese de ter sido motivada por questões relacionadas com a construção do casino. Ele era o homem certo para promover semelhante projecto em Lisboa. No futuro, será mesmo inimaginável compreender o que ele andou a fazer na CML se não tivermos em conta a obra do casino. 

As obras iram para arrancar ainda em 2004, esperando-se que ficassem concluídas em 2008. O casino era o ponto de partida e de chegada da percurso imaginado por Santana Lopes e, como dissemos, ao longo do qual serão construídos as suas obras mais emblemáticas. 

Após sucessivas mudanças na sua localização (Parque Mayer, Caís do Sodré, Jardim do Tabaco e Santa Apolónia) , o Casino acabou por ir parar, em 2004, ao Pavilhão do Conhecimento no Parque das Nações. Os mega projectos de Santana começaram então a ser lentamente abandonados, como veremos. O Casino, será inaugurado no dia 19 de Abril de 2006.  

Terreiro do Paço. Ficava a dois passos das primeiras localizações pensadas para o Casino. Santana Lopes moveu mundos e fundos para retirar do local os ministérios. O Governo comprometeu-se a deixar os edifícios vazios para que estes pudessem ser transformados em  hotéis e outros pólos de animação turística, especialmente para os frequentadores do casino.  

Após a mudança da localização do Casino para o Parque das Nações, Santana acabou por ir abandonando a ideia. Em 2011, alguma coisa mudou no Terreiro do Paço, 6 anos depois de Santana ter saído da CML

Baixa Pombalina. Dada a sua proximidade da localização inicial do Casino, Santana Lopes, não tardou a anunciar grandes projectos de requalificação desta zona da cidade. Há um facto que favorece todas as iniciativas nesse sentido: em 2005 comemoram-se 250 anos sobre o terramoto de 1755. Esperava-se igualmente a formalização da candidatura da Baixa pombalina a património da Humanidade. 

Ainda em 2011, os lisboetas constatam que a ideia de requalificação desta zona da cidade  foi na prática abandonada. Deixou de ser necessária, dada a nova localização do Casino.

 

Parque Mayer. Foi aqui que aparentemente tudo começou. Mais tarde percebeu-se que se tratava apenas de um pretexto para a construção do casino. Como é sabido o arquitecto Frank Gerhry foi convidado para conceber um projecto da reabilitação deste espaço ocupado por teatros. Dos teatros passou-se rapidamente ao Casino. Primeiro imaginaram-no no Parque Mayer, mas depois todos acabaram por concordar que o melhor local era junto ao cais onde atracam os cruzeiros. Nestas andanças o Parque Mayer ficou remetido para segundo plano. Por vontade de Santana Lopes ficava tudo como está. Mas não é fácil de recuar na re-qualificação do Parque Mayer. Houve demasiado publicidade. Gastou-se imenso dinheiro dos contribuintes pagar estudos e projectos, nomeadamente a Frank Gerhry. Sem dinheiro para realizar esta obra a CML limita-se agora a dar aos privados metidos no negócio tudo o que estes lhe pedirem, sob a condição de estes fazerem algo que se veja. A negociata foi só concluída em princípios de 2005, envolvendo os habituais as contrapartidas que implicam a cedência de valiosos terrenos municipais ("Feira Popular"). A obra ainda não arrancou é já custou uma fortuna ao erário público..  

Em 2011, ainda o Parque Mayer continuava ao abandono. A CML parece não ter dinheiro para fazer aqui o que quer que seja.

Túnel das Amoreiras. Desde o princípio que se sabia que o casino iria implicar mais e melhores acessos dos automóveis ao centro da cidade. Este é um ponto que na CML não se discutia, caso contrário tudo o mais seria posto em causa. A obra, ainda que sem projecto, foi a primeira a avançar. Santana Lopes tinha pressa em dar o sinal que as infra-estruturas necessárias ao Casino seriam concluídas a tempo. Os lisboetas contestaram a obra, o Tribunal acabou por lhes dar razão. Santana e o Governo do PSD/CDS manobraram e os trabalhos foram retomados, sem que fosse minimamente justificada a utilidade desta obra, a não ser para o Casino.

As obras arrastaram-se de tal forma que só 2006, se espera que abra o famigerado túnel

Praça Marques de Pombal - Jardim do Campo Grande. É por este percurso  que se esperava que entrasse a maioria dos potenciais frequentadores do Casino. Quem tem dinheiro para ir ao casino há muito que abandonou Lisboa e vive na periferia ou noutras zonas do país. Consciente desta realidade, Santana Lopes terá exigido que fosse estudado um percurso atraente desde a entrada desde o Estádio do Sporting até ao Marques.  "É preciso acabar com quilómetros e quilómetros de edifícios em ruínas. Ninguém se sentirá com vontade de frequentar o casino depois de observar este espectáculo". Foi por este motivo, e só este que em Janeiro de 2004, apontou este Eixo como a prioridade camarária na reabilitação urbana. Casino a quanto obrigas...    Esta foi a razão porque outros mega projectos começaram a ser estudados na CML.

O aspecto degradado deste percurso urbano continua na mesma. A única coisa que tem mudado são os valores da poluição. Não tem parado de aumentar. A poluição atmosférica e sonora, em 2011, são de tal maneira graves que a zona é pouco recomenda para habitar.  

Praça de Touros. A reabilitação da  Praça de Touros é, convenhamos,  um pormenor, mas não deixa de ser importante no conjunto do percurso. A construção do novo parque de estacionamento à volta da Praça está praticamente concluída. A reabilitação da Praça também. Tudo se ajusta neste capítulo e sem custos. 

A inauguração do complexo, após sucessivos adiamentos aconteceu no verão de 2006.

Palácio das Galveias. Estamos perante outro dos pormenores do percurso, mas que Santana Lopes pretende aproveitar. A CML está a estudar uma nova biblioteca central para o Vale de Santo António, o projecto até já foi aprovado. A Biblioteca das Galveias irá desaparecer, sendo o Palácio adaptado  para exposições e actos protocolares. De acordo com o plano de Santana seria mais um ponto de descanso e de lazer no caminho do Casino. Com a mudança na sua localização, o inicio das obras da nova Biblioteca foram subitamente votadas ao esquecimento.  

As biblioteca e o Palácio das Galveias estava, em 2011, votado ao mais completo abandonoApenas em 2015 entrou em obras. 

Feira Popular. Apesar da resistência dos donos dos restaurantes - a principal diversão da Feira -, o encerramento deste recinto está praticamente resolvido.  Através de uma complexa "engenharia financeira" prometeu aos feirantes que lhes pagaria as indemnizações a que estes afirmam ter direito. A Feira acabou por ser encerrada (2003), ficando apenas abertos alguns restaurantes. A partir a confusão foi total: Os feirantes afirma-se traídos nas suas expectativas e roubados pela autarquia. A fim de conseguir arranjar o dinheiro que não possui para pagar as indemnizações, a CML não tarda em envolver-se na especulação imobiliária, num obscuro negócio que passa pela venda de terrenos, contrapartidas com os donos do Parque Mayer, etc. Quanto à nova Feira está tudo em aberto. No início Santana anunciou que iria mudar a Feira Popular para o Monsanto, onde iria "animar" o "pulmão verde" da cidade. Após abandonar esta ideia e outras que entretanto lhe ocorreram, Carmona Rodrigues substituiu nesta tarefa insana, indicando o Jardim do Tabaco como provável localização da Feira, num completo delírio. Em princípio de 2005 tudo continuava na mesma. Os terrenos foram depois vendidos à Bragaparques, num negócio que meteu a própria Judiciária. 

Em Junho de 2011, a "Feira Popular" era um monte de ruínas no meio da cidade. O negócio objecto de notícias sobre alegados casos de corrupção nos jornais. Em fins de 2015 foi anunciada uma possivel localização para a futura feira: Carnide !

Jardim do Campo Grande. Quem entra na cidade vindo do norte, depara-se com um jardim profundamente degradado, onde prolifera a prostituição e a criminalidade. Teme-se que a impressão negativa que esta situação pode provocar logo no inicio do percurso, acabe por diminuir o efeito de deslumbramento que se pretende criar até ao casino. Perante este facto, Santana Lopes decidiu, em 2003, que o Jardim devia ser também reabilitado. Acontece que em Abril de 2003, a desenquadrada da vereadora Ana Sofia Bettencourt, veio a público anunciar a criação do Mega Espaço Jovem no Campo Grande. Desta forma a autoria de um projecto de Santana Lopes, acabou por ser atribuída a uma insignificante vereadora. Um facto lamentável. Os jornais, entre 2003 e 2004, publicaram páginas e páginas sobre os projectos de requalificação deste jardim. As obra foram sendo adiadas. Em 2005, a única coisa que havia sido realizada foi a substituição de um minúsculo parque infantil que fora encerrado, por estar degradado e constituir um perigo para as crianças. A prometida requalificação, se ocorrer, está agora reduzida a um quinto do projecto inicial. A razão é simples, o eixo do Casino  é agora outro.

Em 2011 o Campo Grande estava ainda mais degradado do que em 2003, as obras de requalificação da zona norte do jardim só arrancaram em 2012, dado que no ano seguinte havia eleições autarquicas.

Venda do edifício dos Serviços Centrais da CML no Campo Grande.  Atendendo aos inúmeros projectos que irão ser lançados, é certo e sabido que a CML precisa de muito dinheiro. Para o caso de existir um aperto orçamental, Santana Lopes apresentou, em 2003,  uma espantosa solução: a venda do edifício da CML no Campo Grande, atirando com os funcionários para a zona mais degradada de Chelas onde os preços por metro quadrado são muito mais baratos. Em 1992 já fizera algo semelhante na Secretaria de Estado da Cultura, quando vendeu a sua sede na Av. da República e espalhou os funcionários por andares alugados na cidade. Pelas razões anteriores, provavelmente esta ideia já terá sido abandonada, dada a nova localização do Casino.

Em Março de 2006, já então ninguém se lembrava desta ideia de Santana Lopes. Tudo não passou de mera propaganda.

Hipódromo no Campo Grande. Com a Feira Popular no Monsanto, porque não juntar-lhe também os cavalos do Hipódromo do Campo Grande ? Esta foi outra das ideias de Santana Lopes. "A partir daqui, disse ele, ninguém poderá dizer que as minhas preocupações são apenas com o casino. Serei recordado, como o Presidente que retirou da Cidade Universitária as bestas e outras cavalgaduras." Em Dezembro de 2003 anunciou à comunicação social a sua intenção de proceder a esta mudança, assim o queira a Sociedade Hípica Portuguesa. Pouco depois abandonou a ideia, ficando tudo na mesma. Nós sabemos o motivo desta mudança. 

Em Março de 2006, já ninguém também se lembrava desta ideia de Santana Lopes. Tudo não passou de propaganda.

Passeio de Lisboa. Como é sabido, o  empreendimento urbanístico da "Alta de Lisboa" tem como principal accionista o patrão dos casinos de Macau, Estoril e do futuro casino de Lisboa ( Stanley Ho ). Por estas e outras razões, mal seria que não fossem melhoradas as ligações entre este empreendimento e o percurso que conduz directamente ao casino. Pode parecer um pormenor, mas não é. Tanto quanto sabemos a obra terá sido adjudicada, em 2003, tendo na altura sido prevista uma rápida ligação do Alto do Lumiar ao Campo Grande. Como aconteceu nos casos anteriores, o projecto começou a marcar passo.

Em 2011 ainda não se viam sinais desta tão falada obra

Viaduto na Avenida Padre Cruz ( Eixo norte-sul). O Túnel das Amoreiras está longe de resolver os problemas do acesso ao casino. A peça chave está um pouco mais acima do Estádio do Sporting. A conclusão deste obra permitirá uma maior fluidez transito de que vem do norte do país, através do Eixo Norte-Sul, nomeadamente na direcção do casino.

Após ter congeminado todos estes projectos, Santana Lopes ter-se-á imaginado a assistir a um jogo à tarde em Alvalade, a jogar à noite no casino e a dormir depois em Belém, percorrendo de automóvel um soberbo itinerário de obras que o colocaria ao lado do Marques de Pombal, como um dos grandes obreiros de Lisboa. Em Fevereiro de 2005 ainda não haviam sinais de obras, o projecto começou também a marcar passo.. 

Só em Fevereiro de 2006 a obra foi iniciada. Qual a razão ? A obra é da responsabilidade do Estado e não da CML, caso contrário teria sido certamente abandonada

Desta resenha de projectos de Santana Lopes é fácil concluir  que não passam de simples operações de propaganda, destinadas a serem esquecidas logo após terem deixado de ter qualquer impacto  na opinião pública. O seu único objectivo parece ter sido apenas um: servir os homens do casino, os que de facto mandavam em Lisboa entre 2002-2004.

Carlos Fontes

   





 

 

Entrada

História local
Guia do Lazer
Quiosque