Universidade Lusófona
(Campo
Grande 376 )
A Universidade Lusófona
(privada) nos últimos anos tem estado envolvida numa série de casos que nada
abonam sobre a qualidade do seu ensino.
Dois dos mais graves foi o que envolveu a licenciatura" do ministro Miguel Relvas (2012/2013) e a morte de
seis estudantes desta universidade numa praxe na praia do meco (Dezembro
de 2013)
Casos com enorme repercussão na opinião pública e que afectaram profundamente a imagem não apenas desta universidade, mas
também do ensino superior privado em Portugal.
ULHT- Lusófona:
Expansão
A rápida expansão da Lusófona acabou por gerar um espaço que deixa a sensação pouco agradável.
Entrada
do edifício central da Universidade Lusófona. Foto: 15/10/2021
Em Janeiro de 2004 fomos visitar o "campus"
desta Universidade no Campo Grande. A surpresa foi total. Deparamo-nos como um
verdadeiro estaleiro de obras, vendo-se por todo o lado erguerem-se novos
edifícios de arquitectura efêmera que lembram vagamente as antigas vilas
operárias do final do século XIX.
Pátio Interior . Foto: 23/01/2004.
Aqui
e ali observam-se ainda os vestígios da antiga Fábrica de Lanifícios do
Campo Grande, depois ocupadas por um Hospital Veterinário Militar e o quartel
do Batalhão do Serviço de Transportes do Exercito.
Como é sabido estas instalações foram
vendidas em 1995 à Universidade Lusófona que desde então não tem parado de
construir novos edifícios, alguns dos quais foram alvo de protesto do moradores
da zona. As razões são sempre as mesmas: as obras são ilegais e tampam-lhes
por completo a vista.
Fot: 23/01/2004
A Universidade
Lusófona assumiu como vocação a lusofonia, apoiando e desenvolvendo de forma
activa o intercâmbio cultural entre os povos cujo português é a língua oficial. Não
faltam neste "campus" evocações a esta missão.
Apesar da recente diminuição do número
de alunos no ensino superior, devido ao envelhecimento da população, esta
Universidade não pára de crescer. É presentemente a maior universidade
privada de Portugal, o que todavia não tem qualquer correspondência com a sua
produção científica que continua muito longe do que seria de esperar.
O que também não pára de crescer, como
dissemos, são as novas construções para albergarem um número sempre
crescente de alunos.
Os
vestígios da antiga fábrica de lanifícios estão a desaparecer
rapidamente.
Foto: 23/01/2004
O modelo típico das
construções que estão a ser erguidas em série na Universidade Lusófona. O
arquitecto - se chegou a haver -, ter-se-á porventura inspirado nas antigas
vilas operárias e no facto de neste espaço ter existido uma importante
fábrica textil.
No
meio de um autêntico estaleiro as aulas decorrem com toda a normalidade. A
preocupação com os espaços verdes é coisa que aqui não vimos. O que
domina a paisagem é o betão, o alcatrão e o ferro, e no meio de tudo
isto os automóveis e o entulho das obras.
Visita Recente
Ao longo dos anos temos acompanhado o crescimento desta universidade privada. Numa visita recente constamos a corecção de muitos dos aspectos negativos que registamos em 2004. |