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Pedro
Santana Lopes
(Presidente da CML 2001-2005)
Santana
Lopes foi eleito presidente a 16
de Dezembro de 2001. Saiu da CML em Julho de 2004 e voltou a 14 de Março de
2005. Pelouros
em 29/4/2002:Segurança e Protecção
Civil. Pelouros em Abril de 2003: Espaços Verdes, Património, Transito,
etc.etc. Grandes
obsessões em 2003: a) Ser candidato em 2006 à Presidência da República; b)Construir
um casino em Lisboa; c). Prometer mundos e fundos, partindo do pressuposto que
os lisboetas são estúpidos. Em
Julho de 2004 Santana Lopes, em consequência da saída de Durão Barroso para
Bruxelas, tornou-se o 1º. Ministro de Portugal. O país entrou em estado de
choque. Pior era impossível! Passados 4 meses foi corrido por incompetência.
Voltou à CML revelando uma enorme perturbação psicológica. Foi-lhe recusada
a possibilidade de concorrer à CML pelo PSD. O Lider do PSD (Marques Mendes)
considerou-o um incompetente.
Breve Biografia
Advogado.
Nasceu em Lisboa a 29 de Junho de 1956. Entre 1965 e 1973 estuda no Liceu Padre
António Viera que fez os seus estudos secundários. É um aluno médio. Em 1973 entra para a
Faculdade de Direito de Lisboa. Nesta faculdade, em 1975, evidencia-se na luta
contra os comunistas, com um grupo de amigos funda o Movimento Independente de
Direito (MID). Razões para esta luta encontra-as na Faculdade e em casa: A
primeira fora tomada pelo MRPP e a segunda vê-se em graves dificuldades
económicas. O pai de Santana Lopes fora saneado, em 1974, da Grundig por um
grupo de "comunistas". Em fins de 1976, é eleito presidente das RGA
(Reuniões Gerais de alunos), e por essa altura adere ao PSD. Em 1978 ganha a
presidência da Associação de Estudantes. É nesta altura que defende
publicamente a estratégia de ruptura de Sá Carneiro, com a Constituição de
1976 e os militares de Abril. Por interferência deste é chamado para assessor jurídico de Alvaro Monjardino, no efémero governo de
Mota Pinto e Mário Soares. Ganha então uma bolsa de estudo na Alemanha, para
uma pós-graduação em Direito Constitucional e Ciência Política, que virá a
abandonar no ano seguinte.
No
PSD ( I )
Em
1979, quando a AD ganha as eleições, Sá Carneiro convida-o para seu
assessor jurídico, para participar na revisão na revisão da
Constituição. Em 1980 é eleito pela primeira vez deputado à Assembleia
da República, sendo reeleito 1985. Nesta fase torna-se assistente na Faculdade
de Direito de Lisboa e um boémio inveterado nas noites lisboetas. Quando o
PSD, pela mão de Cavaco Silva ganha as eleições, em 1986, assume a pasta
da secretárias de Estado da Presidência do Conselho de Ministros. No ano seguinte encabeça a
lista do PSD ao Parlamento Europeu, sendo eleito eurodeputado, o que
implicou o abandono do seu cargo no governo. Não fica muito tempo em
Bruxelas, regressando a Portugal em 1989. Insinua-se para um cargo
governamental no sector das pescas. Cavaco Silva não cede. É nesta fase
que se envolve na criação de um grupo na comunicação social, que se
revela um desastre económico.
Na
Cultura
Cavaco
Silva dá-lhe a mão e em 1991, nomeia-o Secretário de Estado da Cultura.
Substitui a Teresa Patrício Gouveia que era acusada pelo PSD de estar
demasiado comprometida com a Esquerda. Santana Lopes, desenvolve
então uma polémica gestão da cultura, pondo fim a tudo o que havia sido
criado na sequência do 25 de Abril de 1974, como a Direcção-Geral de
Acção Cultural. Jornais como o Público ou o
Diário de Notícias acusam-no de inculto e de praticar uma gestão
mediática e ruinosa. Pelo meio sucedem-se os casos que alimentam a
comunicação social: a "Pala" do estádio do Sporting (que leva à queda da
Subsecretária de Estado Maria José Nogueira Pinto); o subsídio à actriz
brasileira Tornoli; as aquisições ilegais para o seu gabinete; a censura
de uma obra de José Saramago (realizada pelo seu Subsecretário de Estado
Sousa Lara); as questões passionais, onde se torna indistinto o público e o privado; etc.
Não há memória de nenhum membro do governo ter uma semelhante exposição
pública. Em finais de 1994 abandona o governo debaixo de uma enorme pressão
por parte da comunicação social, que o transforma no símbolo da incultura
do Governo de Cavaco Silva, coroada pelas suas preferências pelo
"concerto de violinos de Chopin". Em 1995 inicia uma romance com
Cinha Jardim, filha uma destacada figura da Ditadura. O caso termina em
2000.
No
Sporting
Pela
mão de José Roquette é eleito, a 2 de Junho de 1995, presidente do Sporting Clube
de Portugal, que nesse mesmo ano ganha a taça de Portugal. Os resultados do
Sporting ficaram sempre longe das expectativas e acaba por deixar o Clube a
4 de Abril de 1996. A sua imagem está então pela rua da amargura.
Instala-se a ideia que não consegue levar nenhum projecto até ao fim,
abandona o barco quando as coisas começam a ficar feias. Não passa de um
boémio, hábil na arte da sedução e da palavra fácil. A comunicação
social explora amplamente a questão dos lençóis, dos casamentos e
des-casamentos com empresárias e ricas herdeiras. Torna-se entretanto
comentador desportivo, o que lhe permite nunca sair do palco da política
portuguesa. .
Na
Universidade Moderna
Exerce
funções de assistente convidado na licenciatura de Direito, e chefia o
centro de sondagens fundado por Paulo Portas, líder do CDS-PP. O caso nada
tinha de especial, não fosse o facto de nesta Universidade ter ocorrido um
dos casos mais graves de corrupção na sociedade portuguesa, e que ainda
decorre nos tribunais. No processo constam alegadas ligações dos seus
mentores à maçonaria e é frequentemente citado, um dos seus colaboradores
directos, o monárquico Sousa Lara. Até que ponto Santana Lopes conhecia o
que se passava? Esta é a questão ainda por esclarecer.
Ver .
Nas
Câmaras Municipais
Marcelo
Rebelo de Sousa, então lider do PSD, desafia-o para concorrer às
autárquicas de 1997. Escolhe a Câmara Municipal da Figueira da Foz, um bastião
do PS. Contra todas as expectativas obtém uma significativa maioria absoluta
(60% dos votos expressos). Tinha aqui a sua possibilidade de mudar a sua
imagem pública. Ninguém acredita que ficaria muito tempo afastado de
Lisboa e das suas festas. A boémia está-lhe na massa do sangue dizia-se.
Acaba por ficar 4 anos. A obra que realizou Figueira da Foz, nomeadamente criação de
infra-estruturas culturais e de zonas de lazer especialmente destinadas
aos mais novos e velhos , passa a constituir um sólido argumento sobre as suas
capacidades como gestor público.
Nas eleições autárquicas de 2001,
concorre à CML. Contra todas as sondagens é eleito, ainda que seja por apenas 856 votos mais do que o seu
adversário, João Soares. A expectativa é grande, não apenas no modo
como irá conviver com a "esquerda ", mas sobretudo se irá
cumprir um ambicioso programa eleitoral que implica afrontamento dos grupos
instalados, nomeadamente o dos especuladores imobiliários. Após o primeiro
ano de mandato, Santana Lopes revelava já um total desnorte: as promessas
eleitorais foram rapidamente esquecidas. A sua obsessão agora era ser
eleito presidente da República ( em 2005) e construir um casino em Lisboa.
Nota: Foi na Igreja de São
João de Brito que fez a catequese e ajudou à missa.
NO
PSD ( II )
A credibilidade de Santana
Lopes no PSD e sobretudo no país foi sempre muito pouca. Todos lhe
admiravam as suas prestações circenses e pouco mais. Nos congressos de
1995 (Lisboa, Coliseu) e 1996 (Santa Maria da Feira), ainda chegou a
ameaçar a ir a votos par disputar a liderança do partido, mas perante a
risota geral acabou por desistir. A viragem ocorreu, em 1997, quando
conquistou a Câmara Municipal da Figueira da Foz ao PS. A partir
daqui muitos passaram a olhar o seu estilo populista como uma óptima
receita para conquistar votos e ganhar eleições. A verdade é que Santana
Lopes é uma figura errática, hoje diz uma coisa e amanhã outra. Um ano
depois deste êxito, incomodado com uma reportagem televisiva que o envolvia
em pandegas em boites, alcool e mulheres de vida fácil, dirige-se ao
presidente da República para anunciar o abandona da vida política
(Novembro de 1998). Ninguém o levou a sério, mas todos se continuaram a
divertir com o seu estilo de fazer política. Os orgãos de comunicação
social usaram-no, e ele usou-os para se projectar no PSD. No Congresso do
PSD, em 2000 (Viseu), concorre contra Durão Barroso e perde, recolhendo 34%
dos votos. Santana não desiste e Durão Barroso para o manter controlado,
acaba por lhe dar a Vice-Presidência do PSD. Santana não se contenta e
começa a colocar na cúpula do partido algumas figuras de proa que o
acompanharam na CML. O objectivo é o de tomar posições para atacar na
melhor altura. No
Terramoto PolíticoO balanço de dois anos e
meio à frente da CML não podia ser pior. E por mais incrível que
possa parecer, Santana Lopes, sem nunca ter ganho eleições nacionais, nem
sequer nenhum congresso do seu partido, recebe de mão beijada a
presidência do PSD e apresenta-se por este facto como o sucessor de Durão
Barroso na chefia do governo de Portugal (28 de Junho de 2004). Tudo isto
porque este último resolveu abandonar o país, aceitando o convite para
presidir à União Europeia. O país ainda na euforia do
Euro2004, toma consciência da magnitude do problema político em que está
mergulhado: o avanço do mais genuíno populismo. Santana é alvo de chacota na
imprensa internacional. Quatro meses depois é afastado por Jorge Sampaio.
Todos os indicadores económicos, sociais e culturais de Portugal
tinham regredido. O Estado estava mais endividado do que nunca e os níveis
de confiança da população eram os mais baixos de sempre. Pior era
impossível.
Biografia
Oficial |
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