Arquivo
Imagens da Câmara Municipal de
Lisboa
Durante anos sucederam-se as
notícias de compadrios, tráfico de influências e corrupção na CML. Não desapareceram, mas são menores. Face a
esta situação escandalosa era natural que fossem tomadas medidas drásticas
para por fim à bandalheira. O que infelizmente constatamos é que ninguém
parecia ter coragem ou vontade política de o fazer.
A cultura da corrupção estava profundamente instalada
na CML. Alguns dos muitos exemplos que, nos últimos anos, ilustram o desvario em que funcionava a CML:
A cultura da corrupção está profundamente instalada
na CML, nomeadamente nos seus mais altos dirigentes. Exemplos não faltam.
O ano de 2016, à
semelhança de 2015 e 2014, começou com vários casos que prenunciam a sucessão interminável
que continua a caracterizar a administração camarária.
Em Janeiro, ficou-se a saber que a CML, entre
2013 e 2015 andou a fazer pagamentos ilegais aos seus dirigentes. (Publico, 29/01/2016).
Ficou-se também a saber que dois colaboradores de João Soares (presidente da CML de 1995 a 2002), uma vereadora - Margarida
Magalhães - e o seu chefe de gabinete - Tomás Vasques - depois da derrota de
eleitoral de 2002 tornaram-se administradores de empresas de Carlos Saraiva que
tinham sido beneficiados pela CML durante o mandato de João Soares. Terrenos
municipais foram-lhe dados para construir um parque de estacionamento público
(Hotel Palácio do Governador) que afinal é privativo. (Publico, 26/01/2016).
O ano de 2014 tem decorreu com normalidade na limpeza
da CML, o habitual:
No princípio do mês de Fevereiro,
o tribunal
da relação de Lisboa deu como provado que dirigentes camarários - o
ex-administrador da empresa Mário Peças, o ex-deputado Ismael Pimentel (CDS-PP)
e um terceiro arguido (Jorge Lopes) - engendraram um esquema entre 2002-2004 de
falsificação de cheques, para se apropriarem de dinheiro da empresa municipal Gebalis, responsável pela gestão dos bairros municipais. Altos dirigentes desta
empresa municipal, ligados ao CDS-PP e PSD, têm sido condenados pelos tribunais
por terem andado até 2007 a roubarem o dinheiro destinado a melhorar os bairros
sociais, onde habitam a população mais pobre e carenciada de Lisboa.
Os partidos políticos em Portugal, por este andar,
não tarda estão a roubar os sem-abrigo...
No dia 25 de Fevereiro, o
tribunal, confirmou a prisão do arquitecto, ex-chefe de divisão da CML, que
exerceu funções dirigentes na área do património e, nessa qualidade, promoveu a
venda directa de uma parcela municipal a um particular, a quem prestou serviços privados de arquitectura no mesmo processo. Novidade?
Nenhuma!
No mês de Abril, a CML foi
obrigada pelo Tribunal a divulgar um estudo de 2010, sobre as práticas de
contratação na autarquia. O estudo revelava existirem empresas privilegiadas
na CML, que obtém contratos por ajuste directo sem passarem por concursos
públicos. Perante a gravidade dos factos, a CML negou-se a facultar o estudo à
comunicação social. É fácil depreender as razões desta ocultação de provas.
Durante o mês de Junho,
começou o julgamento de Rui M.
Pereira, ex-diretor
de cultura da autarquia da CML, que responde pelos crimes de
falsificação e participação económica em negócio. É acusado de ter encomendado
um estudo inútil, em 2009, à sua sua cunhada, ex-colaboradora na Câmara de
Lisboa, Inês Amaral. O parecer jurídico custou ao erário público 27,8 mil euros,
mas desapareceu. Suspeita-se que nunca tenha existido, pois ninguém o viu.
2012-2013: Um fartote.
Estamos ainda com dificuldades em seleccionar alguns casos referentes a 2012 e 2013. Para referirmos todos não temos espaço, apenas assinalar uns
quantos casos parece-nos uma injustiça. Espere um pouco enquanto decidimos.
Sapadores
Bombeiros. Fornecimentos por ajuste directo (feitos à medida)
começaram a ser investigados pelo Ministério Público. Em causa estão
viaturas adquiridas à firma Viana S.A. no valor de milhões de euros. Junho
de 2011.
Oito
no Urbanismo. As buscas
da Polícia Judiciária descobriram mais 8 (oito) dirigentes camarários
envolvidos em situações de alegada corrupção na área do urbanismo. A CML,
em Maio de 2010, após uma longa meditação sobre estes casos, entendeu
que só quatro deviam ser objecto de eventuais sanções. ´"Não se passa
nada na CML ", afirmou-nos com convicção um alto funcionário camarário.
Acumulações.
Pedro Silva Gomes, funcionário do PS, em Dezembro de 2009, foi
contratado como assessor técnico pela vereadora Maria da Graça Fonseca (PS). O
rapaz não tinha experiência profissional, nem competências para o
cargo, apesar disso recebia 3.950 euros. A mesmo tempo, alegando estar
desempregado, recebeu a fundo perdido do IEFP cerca de 41.100 euros para criar
uma empresa e seu posto de trabalho.
Mais
Um. Arquitecto da Câmara (Jorge Contreiras) aprovava projectos
feitos por Gabinete de que era sócio. É acusado de branqueamento de capitais,
abuso de poder e falsificação de documentos (Público, 28/8/2009).
Contabilidade.
Ministério Público informa que só no Departamento de Urbanismo da CML, está
investigar 29 casos de corrupção, tráfico de influência, abuso de poder,
peculato e fraude fiscal. Junho de 2009.
Negociatas
com Casas da CML. O mês
de Setembro de 2008 foi pródigo em noticias sobre as negociatas que os presidentes, vereadores e dirigentes da CML
fazem com casas da autarquia. Nas últimas décadas atribuíram por cunha mais
de 3.200 casas (moradias, palácios, lojas e apartamentos). Os
felizes contemplados foram os próprios autarcas e os seus familiares, amigos,
correligionários, jornalistas, entre outros. A média destas rendas é de 35,48
euros, mas desconhece-se a percentagem das que são efectivamente pagas. A roubalheira é
completa.
A CML, segundo um estudo da Universidade Lusófona, desconhece o
número de casas que é dona. Em teoria as mesmas destinavam-se a famílias com
graves problemas económicos, mas na prática fazem parte do património pessoal
dos mafiosos que tem
dominado a CML.
Testemunhos.
Margarida Saavedra, ex-Directora do Departamento de Urbanismo da CML, à
pergunta - "Alguma vez a tentaram subornar?", responde sem
hesitações: -"Várias Vezes". Dá exemplos:"Já me deixaram em
cima da secretária envelopes em com dinheiro". Outros simplesmente
dizem:"Faça seu preço, que nós temos pressa" Agosto de
2008.
Departamento
Jurídico. Conta com
largas dezenas juristas, mas quando a CML precisa de um parecer contrata
escritórios de advogados particulares. No final de 2008, ficou-se a
saber que grande parte dos mesmos, entre os quais a sua directora, acumula
ilegalmente, ou acumulou até há pouco, as suas funções públicas com a
advocacia em regime de profissão liberal. Os sucessivos executivos camarários
- incluindo o actual (António Costa) - estavam ao corrente desta situação,
mas pactuaram com a mesma. A própria directora estava ligada a uma
sociedade de advogados.
A lei que estabelece o Estatuto da Ordem dos Advogados, pelo
menos desde 1984, não oferece dúvidas. Os advogados que são funcionários públicos,
incluindo os das autarquias locais, não podem exercer a advocacia privada. (Publico,
07/11/2008)
EPUL. A empresa municipal de
urbanismo revelou-se, em 2007, um
antro de corrupção. Vários casos de apropriação ilícita de dinheiros
públicos seguiram para Tribunal, quanto ao resto tudo continua na mesma.
Gebalis,
exemplo de gestão danosa.
A Polícia Judiciária parece não ter dúvidas - a empresa municipal de Lisboa
que gere os bairros sociais, pelo menos entre 2001 e 2006, foi um exemplo
paradigmático da gestão danosa que tem predominado na CML. A investigação
não se debruçou sobre o "antes", nem o depois, evitando deste modo
revelar a continuidade do descalabro.
Corrupção,
Promiscuidades e Outras Negociatas. Em Janeiro de 2007 foi pedida um sindicância à CML, um ano depois os resultados
apurados foram devastadores. Dezenas de funcionários (arquitectos, engenheiros,
etc) só na área do urbanismo estavam envolvidos em casos de corrupção.
A
maioria
tinham ou trabalhavam para empresas do ramo imobiliário, nomeadamente gabinetes
de arquitectura ou engenharia que negociavam com a própria câmara. Nuns casos
os técnicos eram autores de projectos cuja tramitação e aprovação
facilitavam enquanto funcionários do município, noutros eram sócios das
empresas promotoras e/ou construtoras, intervindo igualmente nos processos de
licenciamento municipal, em qualquer dos casos em violação das suas obrigações
enquanto funcionários públicos.
A 3 de Janeiro de 2008 foram demitidos 6 dirigentes no
Departamento de Gestão Urbanística.
Apenas
em Agosto de 2009, ficamos a saber que a CML tencionava finalmente
levantar processos disciplinares a um bando constituído por fiscais,
arquitectos e engenheiros camarários envolvidos nestes actos criminosos
(Publico,31/8/2009). A lentidão da actuação da CML, aos olhos dos
lisboetas, é encarada como uma clara cumplicidade com estas práticas
criminosas.
Fiscais Camarários Apanhados em Flagrante. A
Polícia Judiciária prendeu no dia 12 de Abril de 2007, dois fiscais do
Departamento de Obras da CML por suspeitas de corrupção. A detenção ocorreu
em flagrante delito.
Apesar de
estar extremamente generalizada a corrupção de fiscais e outros técnicos
camarários responsáveis pelo acompanhamento dos projectos de arquitectura e de
especialidade continua a ser muito difícil detectar estes casos, devido à
conivência dos próprios munícipes:
-
Pagam aos fiscais para não pararem obras;
-
Pagam-lhes para que não ser aplicada uma coima;
-
Pagam-lhes para não denunciarem desconformidades nos projectos.
O
pagamento é feito em dinheiro vivo, entregue em geral a uma terceira pessoa
conivente com o funcionário camarário.
Os
resultados deste tipo de corrupção, para além de minarem o regime
democrático, constituem verdadeiros atentados à qualidade de vida dos
habitantes de Lisboa, ao incentivarem o crescimento desordenado do território,
degradação da paisagem e o desperdício de recursos naturais.
É com satisfação que verificamos que este tipo de acções policiais estão a
produzir alguns resultados, embora sejam ainda pouco expressivos. Uma coisa é
certa: só eles podem voltar a restituir a confiança dos habitantes de Lisboa nos
serviços camarários.
Só
esperamos é que neste caso, ao contrário de outros no passado recente, os
corruptos depois de serem apanhados em flagrante não sejam transferidos para
outros serviços do município para aí continuarem a exercer as mesmas
práticas criminosas.
Falsos
Funcionários da CML. A CML alertou, em
Abril de 2006, a população para o facto de bandos de criminosos andarem a
assaltar os moradores fazendo-se passar por funcionários dos serviços de
reabilitação urbana. O alerta está dado. Mas será que são os únicos que
merecem um reparo? E os funcionários dos serviços de
limpeza (almeidas) que andam a pedir esmola nas épocas da Páscoa, 1ª. de Maio,
Férias e no Natal ? A estes funcionários camarários os moradores devem abrir a porta ? Ou devem chamar
a polícia ? Como os podemos distinguir dos larápios?
Mendicidade. Os moradores de Lisboa têm certamente os piores serviços públicos de qualquer
capital europeia, mas são provavelmente os que mais pagam. Pagam aos guardas
nocturnos para terem a segurança que a polícia não lhes garante á noite. Dão
esmolas aos funcionários camarários para os compensar pelos baixos ordenados que
o município lhes dá. Os funcionários da limpeza da CML, não se limitam agora
apenas à época natalícia. Ao longo do ano arranjam todo o tipo de pretextos para
a pedinchice.
Dois exemplos: No dia 1º. de Maio
de 2003 andaram de mão estendida de casa em casa, pelo Campo Grande, pedindo uma
esmolinha. Em Março de 2004, percorreram toda a Avenida de Roma a angariar
esmolas para a Festa da Páscoa. Nos anos seguintes prosseguiu a mesma prática.
Uma vergonha!
Reestruturação
da CML
O processo foi longo e os
resultados estão à vista. No dia 1 de Fevereiro de 2011, a Assembleia
Municipal de Lisboa aprovou a nova estrutura orgânica da Câmara. Conta agora
com 29 Departamentos e 72 chefes de divisão. Ao todo são cerca de 11 mil
funcionários.
Aspectos mais relevantes:
- Extinção da Divisão de
Museus, Palácios e a Divisão de Apoio Juvenil. A Câmara pretende atribuir o
sector da "cultura" a uma empresa municipal dedicada à animação turística.
- Tentativa (falhada) de
desconcentração dos serviços camarários pela cidade.
- Tentativa (quase falhada) de
acabar com os serviços de saneamento e limpeza. O objectivo da Câmara era
futuramente atribuir estes serviços a empresas privadas.
- Extinção de 17% dos quadros
dirigentes da autarquia (em relação a Dez. 2010).
A maioria da novas chefias que
foram nomeadas são arquitectos camarários, alguns dos quais com uma
vasta experiência nos meandros da CML.
Basta uma simples análise ao
organograma aprovado, para se perceber que a duplicação serviços continua,
de modo a acomodar milhares de funcionários e dirigentes. Mais
Políticas
Neoliberais na CML
Ao contrário do que se afirma o
neoliberalismo foi instalado na CML pelos partidos de esquerda. O socialista
João Soares (1995-2002), com o apoio do PCP, foi o primeiro presidente a
assumir esta política que está a destruir o chamado "Estado
Social". Mais
As contradições do Sistema
A população em Lisboa não pára de
diminuir, o número de casas abandonadas cresce continuamente, mas
nunca se construiu tanto e em tão pouco tempo. Para quem são estas casas? Para
a população que habita nos arredores e trabalha em Lisboa ou para instalar
novos serviços, continuando a manter tudo na mesma ? Mais
Explicação para
um
enigma ?
Antes
de abandonar o governo do Partido Socialista, a antiga Secretária
de Estado da Habitação Leonor Coutinho, resolveu revelar o que ainda hoje
custa a perceber: as
redes do negócio das barracas e das construções clandestinas na cidade. Entrevista
ao jornal Correio da Manhã
2011: Mais
de 20% dos moradores de Lisboa eram inquilinos da CML. 27 mil pagavam de renda 39
euros/mês.
Anos de Chumbo. Entre
2002 e Agosto de 2007 Lisboa viveu um dos períodos mais negros da sua história,
quando a gestão da cidade foi confiada a uma dupla que primava pela total
incompetência.
Destruição
da Mata de Alvalade. Os bairros de
barracas da Quinta do Correio Mor, Quinta do Alto e Quinta do Carrapato (Bairro
de S.João de Brito), na Freguesia de São João de Brito, mesma junto ao Aeroporto Internacional de Lisboa
são a imagem perfeita do tipo de gestão urbanística que contínua a
predominar na cidade de Lisboa. Santana Lopes,
no final do mandato, apresentou a sua solução: destruir a
mata do Jardim José Gomes Ferreira para realojar os moradores destes bairros
clandestinos! .
Actos
Simbólicos. Ribeiro
Telles foi afastado da CML por Santana Lopes. Motivo: não estava disposto a pactuar com os atentados ao ambiente
e a continuação da degradação da cidade de Lisboa.15/1/2003
Estudo realizado pela
CML e prefaciado por Carmona Rodrigues dá razão a moradores. A CML editou uma série de estudos sobre
Lisboa, um dos quais incide sobre o Bairro de Alvalade. No final, as suas
recomendações coincidem curiosamente com as dos moradores desta zona da
cidade. Recomenda, entre outras coisas, a recuperação da traça do bairro, uma
limpeza geral, a preservação dos espaços verdes e a urgente re-qualificação dos
logradouros, pondo fim à proliferação de barracas e todo o tipo de práticas
ilícitas que nos mesmos ocorre. Apesar destes e outros estudos, as políticas
camarárias insistem em destruir o que está
requalificado e em manter o que está degradado. (cfr. "Lisboa. Quatro Estudos de Caso.
St. Catarina, Alvalade, Benfica e Expo Sul." CML.
Julho 2005-2ª. ed.).
Do Municipalismo ao Descrédito
Generalizado:
Uma reflexão oportuna sobre o estado
calamitoso de muitas autarquias. Mais
Pulverização,
Descentralização e Regionalização
O estado da
questão num momento decisivo para o pais. Mais
História
das Grandes Negociatas da CML depois de 1974
Após a ditadura (1926-1974),
os lisboetas saudaram efusivamente o regresso à democracia.
As imagens da festa de
1974-1975 percorreram o mundo, constituindo verdadeiros hinos à
liberdade, estimulando por toda a parte o derrube de ditaduras.
Não haviam passado dez anos
sobre estes exaltantes acontecimentos e já os lisboetas havia mergulhado
numa nova ditadura, a dos especuladores imobiliários e dos políticos
corruptos que tomaram de assalto a CML e as Juntas de Freguesia,
afastando os municipes da sua cidade.
O que a partir dos anos 80
ocorreu foi uma inacreditável sucessão de negociatas, a expressão
corrente para designar a usurpação ilicita do Património Colectivo (Bem
Comum).
Entre os inúmeros casos,
alguns foram alvo de enorme polémica na comunicação social, a maioria
dos quais terminaram em factos consumados lesivos dos interesses da
cidade passada a fase de exposição mediática.
Estas negociatas não devem
contudo, fazer esquecer a maior de todas, a que foi sendo praticada aos
longos dos anos pelos partidos políticos e que conduziu à captura da
própria Câmara Municipal de Lisboa, onde mais de 90% das suas receitas
são hoje gastas a sustentar privilégios, serviços e empresas perdulárias
e inúteis (Dados de 2006).
Em Junho de 2007 as dívidas
da CML ascendiam a 1.261 milhões de euros, os investimentos estavam
praticamente paralisados. Durante as eleições intercalares vários
candidatos, numa total desfaçatez, prometeram às clientelas que vivem à
sombra do orçamento da Câmara que no caso de serem eleitos, iriam
contrair mais empréstimos ou venderem de imediato o património municipal
para os continuarem a alimentar.
Alguns Exemplos: Parques Desportivos do SLB e
do SCP, Jardim Zoológico de Lisboa, Quinta do Lambert,Parques Subterrâneos de
Estacionamento em Jardins Públicos, Zona de Protecção do Palácio
da Ajuda, Zona de Protecção do Palácio
da Ajuda, Parque de Estacionamento da
Praça da Figueira, Parque Mayer / Feira Popula, Bairro dos Lóis,Condomínio da Infante Santo |
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