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Sugestões para
uma visita ao lado negro de Lisboa
1. Destruição
das Fachadas dos Edifícios
Em
Lisboa a partir da década de 80 do século XX, deixou-se de distinguir as
fachadas dos prédios das suas traseiras. Onde existiam varandas passaram a
existir galinheiros, onde toda a tralha que não se quer no interior das casas
é despejada. O mais surpreendente é que a CML não apenas se manifesta
indiferente perante o fenómeno, mas quando alguns moradores querem resolver o
problema tem que recorrer aos tribunais. Mais
2. Destruição
de edificios emblemáticos da cidade
Recuperar é caro, mais barato é construir de novo. Segundo este princípio tem desaparecido, num ritmo impressionante, milhares de belos edificios que ao longo dos séculos foram construídos na cidade.
3. Destruição
das Casas de Escritores e figuras marcantes na cidade
Nos últimos anos a CML tem vindo a
autorizar ou a promover a destruição sistemática dos locais onde, em
Lisboa, nasceram ou viveram alguns dos mais notáveis escritores da língua
portuguesa. Em mais nenhuma outra cidade de Portugal acontece algo parecido. Mais
4. Destruição
da Área Envolvente do Palácio Nacional da Ajuda. Mais
5. Destruição
da Zona Histórica do Lumiar. Mais
6. Destruição
dos Passeios
Lisboa
tem a mais alta taxa de atropelamentos de Portugal. Mas foi aqui que começou uma
prática que está a difundir-se por todo o país: a ocupação dos passeios
pelos automóveis e a expulsão dos transeuntes para a rua. Foi também aqui que se difundiu o hábito que deixar vazios os lugares (pagos) para
estacionamento e ocupar os passeios para o fazer. Os únicos que são multados
são os que estacionam as viaturas nos locais criados para o efeito.
A situação mudou um pouco desde 2013, quando se dicidiu que a cidade não comportava tantos carros e era hora de apostar nos transportes públicos, ciclovias, parques dissuasores...
7.
Destruição de árvores, logradouros
e jardins
Lisboa
é hoje uma das cidades mais poluídas da Europa, com um aeroporto internacional dentro da cidade (22 milhões de passageiros em 2917).
Em algumas zonas da cidade
(Av. da Liberdade e Entrecampos), os níveis de poluição atingiam já em 2005 mais de 90 dias durante o ano, um verdadeiro perigo para a
saúde pública.
Apesar disso, a CML continua a apoiar projectos que implicam a
destruição de árvores, logradouros e jardins públicos. Pratica uma política
de incentivo à entrada dos automóveis na cidade. Defende a manutenção de um
enorme foco de poluição atmosférica e sonora no interior da cidade - o
Aeroporto Internacional de Lisboa.
A situação só começou a mudar, e de forma sustentada a partir de 2013, quando foram lançados importantes programas para recuperar parte da destruição que havia sido realizada.
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