Feira do Relógio
Desiluda-se o turista que pretenda
encontrar em Lisboa a varina dos cartazes turísticos. Essa varina já não
existe, mas a tradição não morreu. Pertence ao passado também as antigas
feiras da Luz e do Campo Grande, onde a fidalguia e a burguesia lisboeta
de se pavoneavam. Lisboa coloriu-se de várias cores, reecontrou-se com o seu
passado de porta aberta ao mundo. A nossa varina voltou a ser a negra que no século
XVI percorria a cidade. As nossas feiras, voltaram a ser caóticas como
são afinal todas as feiras genuinamente populares. Visitar hoje a Feira do
Relógio, junto à rotunda do aeroporto de Lisboa, é mergulhar numa
experiência única em termos de contactos humanos. No meio da mais absoluta
desordem, que nos evoca a babilónia, ouvirá línguas estranhas e a cada
passo descobrirá olhares de outras paragens.
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