João Lopes
Soares (1878-1970)
Fundador do Colégio
Moderno na Azinhaga de Malpique (Campo Grande)
A família
Soares tem uma referência fundamental, o patriarca João Lopes
Soares, pai de Mário Soares (ex-presidente da república), sogro de
Maria Barroso e avô de João Soares (ex- presidente da CML).
Nascido em 1878, em Arrabal (Leiria), formou-se em teologia na
Universidade de Coimbra (1900). Ordenado presbítero (1) fez o
concurso para capelão militar (1902) ficando colocado numa unidade
militar da província. A sua transferência para a capital marca
uma viragem na sua vida. Adere então às ideias republicanas,
tornando-se um activo propagandista, sendo preso em 1908.
A implantação
da República em 1910, permite-lhe uma rápida ascensão política. Começa
por ser nomeado professor no Instituto dos Pupilos do Exército.
A sua
formação religiosa veio a tornar-se todavia, um trunfo precioso para a
nova República, carente de republicanos que despertassem a confiança
das populações nos distritos mais católicos. Não tarda a ser nomeado
governador civil dos distritos da Guarda, depois de Braga e por último
de Santarém.
De 1916 a 1926 exerce é deputado pelos
círculos de Guimarães e Leiria. Em 1919 exerce o cargo de ministro das
colónias, batendo-se pela sua manutenção. Após a instauração da ditadura em
Portugal é preso (1926), exilado nos Açores e depois em Espanha. Volta
a ser preso em 1949, na mesma prisão onde estava o seu filho Mário Soares.
Republicano convicto é votado ao ostracismo
por Salazar, procurando então no ensino um meio de subsistência.
Funda em 1935 o
conhecido Colégio Moderno, na Azinhaga de Malpique, hoje Rua Dr. João
Soares, onde trabalharam como professores, muitos dos opositores do
antigo regime. Foi autor de diversos livros escolares, entre os quais se
destaca o Novo Atlas Escolar Português
Costa Gomes ( 1914 - 2001)
Recém falecido morador da Av.
dos Estados Unidos da Américo ( Freguesia de Alvalade ))
Segundo presidente da República
Portuguesa no período pré-constitucional do regime democrático de 25 de
Abril de 1974 (30 de Setembro de 1974 a 13 de Julho de 1976). Sucedeu ao
general Spínola, que renunciou ao mandato na sequência de divergências
inultrapassáveis com o MFA (Movimento das Forças Armadas). Passou à
reserva em 1976, sendo entretanto promovido a marechal. Em 1977 foi eleito
para a presidência do Conselho Nacional da Paz e Cooperação.
Carlos Fontes
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