Passeios
A situação dos passeios na freguesia de Alvalade, durante o dia, tem um antes e um depois de 2016. Foi só então que a EMEL passou controlar o estacionamento. O que aqui se passava era uma barbárie, perante a continuada incúria dos serviços camarários, PSP e Polícia Municipal de Lisboa. A "caça à multa" dos fiscais da EMEL tornou-se no grande aliado dos moradores, sobretudo da população mais idosa ou com problemas de mobilidade.
Crateras
Desabafo de um morador antes de 2016: "Não
bastava os automóveis invadirem os passeios e expulsarem para a rua os
transeuntes, eís que surge uma nova praga: as crateras nos passeios. No lado oriental do Campo Campo Grande,
as crateras já atingiram uma tal dimensão que se multiplicam as quedas de idosos e
invisuais. Entre as razões apontadas para explicar este fenómeno apontam-se as seguintes:
1. A destruição dos passeios provocada pelos automóveis, que se acentuou com a proliferação
dos "jeeps";
2. O desleixe da CML ;
3.Calcetamentos mal feitos.
Nada que uma eficaz fiscalização municipal não pudesse resolver."
Arquivo:
Impunidade !. É
conhecida a falta de civismo dos condutores em Lisboa. Estacionam em tudo quanto
é sítio, nomeadamente nos passeios e nos relvados dos jardins. A inoperância da
Polícia Municipal de Lisboa na repressão destas situações, tem estimulado a
generalização destas práticas incivilizadas, as quais se traduzem frequentemente na
destruição dos espaços públicos na maior das impunidades.
Dois
simples exemplos: No dia 27/10/2013, enquanto decorria o jogo entre o Sporting e
o Porto, o condutor da viatura 07-72-RB, resolveu estacionar no relvado do jardim
da Rua José Lins do Rego, perante o protesto dos moradores. A Polícia Municipal
de Lisboa foi avisada mas nada fez. No dia 26/1/2014, um outro condutor da
viatura 15-59-RL, repete
a mesma cena. Vários moradores garantiram-nos que a PSP e a Polícia municipal
foram igualmente avisadas, mas nada fizeram.
A situação só mudou, em Março de 2014, quando por
exigência dos moradores foram colocados pilaretes que impediram a continuação do
estacionamento selvático do que resta do antigo jardim.
Enclausurados. Dia 21 de
Agosto, 2005.19h30.Rua José Lins do Rego
Qual a razão porque a
polícia está a multar a automobilista? Hipóteses: 1. Por bloquear a entrada
do prédio, impedindo os moradores acederem às suas casas; 2. Bloquear o
acesso dos bombeiros ao edifício em caso de urgência; 3. Impedir a
circulação das pessoas nos passeios, obrigando-as a andarem nas ruas; 4.
Dificultar a passagem do camião do lixo à 1 da manhã. 5. Outra razão.
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Passeios Viram
Stands de Automóveis
Em Lisboa os passeios tornaram-se há
muito parques de estacionamento. Mesmo havendo um parque de estacionamento no
local, muitos poucos são os que o pensa usá-lo tendo à mão um passeio. Os
camiões passaram também a estacionar nos passeios para efectuarem cargas e
descargas. Os próprios stands de automóveis usam-nos para ampliarem as
suas áreas expositivas. O civismo desapareceu. Alheamento da Polícia e da CML é
total.
Fotografia registada no dia 20 de Junho de 2002, às 13H30, onde se pode
verificar o total desrespeito pelo Código da Estrada (alínea g) do artº 49) e
pela segurança dos peões. Local ? Cruzamento da Av. Rio de Janeiro
com a Rua Ricardo Jorge. No passeio vêm-se para além do camião de uma
empresas de transportes (DNL), os automóveis para venda do stand Auto Rio
Alvalade.
Um leitor preocupado com as pessoas, sugere que a Câmara Municipal de Lisboa,
cerque o local com os conhecidos “paliteiros” metálicos ou “agentes fixos da
autoridade “ como são chamados, com muita propriedade nalguns países africanos.
G.B.
Nota:
Em Agosto de 2007 a situação mantinha-se na mesma, o que revela a completa
incapacidade dos serviços municipais em cumprirem as suas funções mais
elementares, a de velaram pelos espaços públicos.
A situação só se alterou alguns anos depois quando
surgiu no local um estabelecimento comercial que se manifestou lesado.
Estacionamento nos Passeios
A gravidade da situação do trânsito e do estacionamento no Campo Grande, assumiu tais proporções que passou a ser objecto de uma atenção particular por parte dos jornais nacionais. Não se pense que o problema de resume apenas às longas filas de viaturas que a toda a hora passaram a "entupir" as principais artérias, ou mesmo ao amontoado de automóveis que se acumulam nos improvisados parques de estacionamento. O problema é muito mais grave, se tivermos em conta os elevados indices de poluição sonora e atmosférica registados na zona, assim como a expulsão dos moradores dos passeios junto às suas residências. Para esta situação contribuiu nos últimos anos, quatro factores essenciais:
1º. O aumento brutal viaturas que entram diariamente na cidade, mais de 300 mil, e aqui encontraram um dos locais privilegiados para estacionar sem qualquer restrição;
2º.O aumento exponencial de estudantes universitários na zona, que fez igualmente disparar o número de viaturas no bairro;
3º. O crescimento dos serviços, nomeadamente pela transformação de edifícios de habitação em escritórios, o que não deixa de contribui para aumento o tráfego;
4º. Muitos dos novos edifícios que foram ou estão a ser construídos não possuem parques próprios de estacionamento, ou estes foram rapidamente transformados em armazéns ou escritórios. Um exemplo paradigmático desta situação é o "World Trade Center" no inicio da Avenida do Brasil: 11 andares de escritórios, sem um único parque de estacionamento.
O resultado de tudo isto é o caos urbano e a degradação da qualidade de vida da população residente, o que não parece incomodar ninguém, nem a CML, nem a Junta de Freguesia. A única constante é o abandono do bairro por parte dos seus moradores. Em 1961, o Campo Grande contava com 19.351 residentes, em 2001, o INE aponta para cerca de 11 mil. |