Restam já poucos estabelecimentos históricos na freguesia de Alvalade. As mudanças tem sido tão rápidas não raro fazemos referência à existência de um deles, para pouco depois nos informarem que já está fechado. As razões são muitas: a morte dos proprietários-gerentes, aumento das rendas, a falta de quem dê continuidade ao negócio, concorrência das grandes superficies,a falta de rercursos financeiros para os renovar, entre outras. Em algumas zonas da freguesia, como o Campo Grande é mesmo impressionante o número de estabelecimentos que fecharam, reflexos de alterações urbanisticas e da própria vivência local. Esta é uma das razões porque nem sequer vamos fazer referências a algumas zonas, podemos criar a ideia de uma implosão social, quando o que aconteceu foi frequemente uma mudança de actividade. Supermercados transformaram-se em Igrejas evangélicas, drogarias em cafés. Não faltam exemplos destas mudanças. O próprio conceito de "comércio, loja ou estabelecimento tradicional" deixou de estar associação directa à sua antiguidade.
Nas páginas do Jornal da Praceta pode o leitor, encontrar noticias dispersas destes estabelecimentos em Alvalade. Apontamentos que podem servir de um roteiro sentimental dos com décadas de existência e daqueles que fecharam nas últimas décadas.
Pastelaria 59 (1949-1952), Rua Guilhermina Suggia,8-B. Uma pastelaria que preserva o número primitivo da rua. É uma pálida amostra do seu passado, em riscos de encerrar. Uma placa na parede datada de 2005 regista a homenagem que a "geração de 60" fez a esta pastelaria
Dom Rodrigo, pastelaria-restaurante, Avenida Dom Rodrigo da Cunha,8
Tasca-Mercearia/Adega da Bairrada (anos 40), Pote de Água
Biarritz (1962), Pastelaria, Largo Frei Heitor Pinto, Fechou.
Multinova, Livraria, Fechou
A Mariazinha (1959), Av. Rio de Janeiro
Não se esqueça das pequenas lojas de bairro, sem elas o seu quotidiano ficará mais pobre. Foto:3/12/2021
Armazéns do Minho(1954), Rua José Duro
Os
Courenses(1992), Restaurante. Rua José Duro
Drogaria Esteves (1953), Rua Luis Augusto Palmeirim, 5. Fundada por Manuel Esteves e Laura Azevedo. Encerrou em 2018.
O Carlos das Franjas (1973), Rua Acácio de Paiva
A Boa Ideia (1951), Rua Acácio de Paiva. Fechou em 2019.
Chacutaria Riviera (1958), Av. da Igreja
Farmácia Cartaxo (1949), farmácia, Av. da Igreja. Esta farmácia é o mais antigo estabelecimento em toda a freguesia de Alvalade. Foto: 28/02/2024
Drogaria e Perfumaria Celta (1952). Av. da Igreja, 21-E. Abriu em 1953 como Drogaria e Perfumaria Coelho, adoptando a presente designação em 1960. Perdeu a sua vocação de drogaria.
Garrafeira d´Alvalade (1954), Av. da Igreja, 3C-3D. Abriu em 1954 como Mercearia Angola, mudando de nome em 2019 para Garrafeira d´Alvalade.
Garrafeira e Frutaria Morteira e Santos (1963), Av. da Igreja
Tátu (1958), Restaurante, Av. da Igreja. A Feijoada à Brasileira que nos anos 60 e ainda setenta dava fama a este café-restaurante ficou perdida no tempo. Hoje um dos lugares de eleição dos estudantes da universidades da freguesia. Foto: 28/02/2024
Nova Lisboa (1950), confeitaria, Av. da Igreja. Fechou as portas.
Dimensão Design Center, Av. da Igreja. Fechou em 2015
Grog, bar. Praça de Alvalade.
Vá-Vá (1958), café-restaurante, Av. dos EUA. Hoje, como já escrevemos, é uma pequena amostra do que foi quando da sua abertura pelos irmãos Petrónio e Eduardo Gonzaga. É longa a listagem de artistas, escritores, músicos, cineastas e políticos que frequentavam o Vá-Vá, o Luanda, a Suprema e um pouco mais longe o Sul-América. Há quem lhes junte também o Frutalmeidas. A proximidade destes cafés-restaurantes, com esplanadas, permitia uma feliz rotação, no caso de não haver mesas disponíveis para dois dedos de conversa. Uma das gratas recordações que registamos no Luanda é do engraxador de sapatos que durante anos prestou também serviço no café Suprema. Foi renovado em 2017 e mantém-se aberto, temendo-se na altura o seu encerramento.
Luanda, café-restaurante, Av. dos EUA.
Granfina, Pastelaria, Av. dos EUA
Quarteto, cinemas. Fecharam em 2011
Pastelaria Damaso, Av. de Roma
Cafélia (1953), Av. de Roma
Sinfonia (1954), Av. de Roma 44. Ao longo dos tempos já foi muita coisa: papelaria, loja de discos, brinquedos, livraria, prendas.
Frutalmeidas (1970), Av. de Roma
Pastelaria Jacaré Pagua, Av. de Roma 76. Em dias de aulas conte com a presença obrigatória de professores e estudantes da Escola Secundária Rainha Dona Leonor. O sr. António e filho estão lá para o atender com a sua costumeira simpatia.
Lãs Imperial, Av. de Roma.
J. Plácido, Lda. Vestuário, Av. de Roma.
Sapataria Garcia, Av. de Roma.
Suprema, Pastelaria, Av. de Roma, 61-B. Fechou em 2014
Drugstor Tutti Mundi (1968)/Centro Comercial Roma . Fechou
Sul-América, café-restaurante, Av. de Roma. Muito frequentado por professores e alunos da Escola Secundária Rainha Dona Leonor. Fechou em 2016 (hoje Burger King).
Casa China (195...), Av. de Roma. Fechou
Popular de Alvalade (2013), Rua António Patricio, 11B, bar-múscia ao vivo. Fechou.
King, Cinemas. Fecharam em 2013
Drogaria Ribalta (1965), Rua Dr. Gama Barros, 1-A
Cervejaria Alga, Restaurante-Cervejaria, Rua Conde de Sabugosa, 3A e B. Em tempos por aqui tenham poiso cineastas como Fernando Lopes. Foi profundamente remodelado, está moderno
Borges (1960), Rua Dr. João Soares
Lácio, Livraria, Campo Grande. Fechou
Bulhosa, Livraria, Campo Grande, Fechou
Bertrand, Rua Dr. João Soares. Fechou
Quebra Bilhas (século XVIII), Campo Grande, Fechou.
Gondola, Campo Grande, 260-A. Fechou em 2019
Continua |