Jornal da Praceta

Fundado em 2001


Informação sobre a freguesia de Alvalade

(Alvalade, Campo Grande e São João de Brito )

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

Anterior

 

 

Projeto da Escola Rainha Dª. Leonor brilha entre as Escolas Criativas

Alunas e alunos, professores, Vasco Araújo (artista convidado) e Helena Tavares (mediadora) estão todos de parabéns. No dia 16 de Dezembro, no Padrão dos Descobrimentos foi unânime o elogio que receberam no balanço dos projetos realizados no lectivo de 2018-2019.

Helena Tavares, coordenadora - galerias municipais, começou por referir que a colaboração entre a EGEAC e a Escola Rainha Dª. Leonor não era nova. A escolha do artista Vasco Araujo ficou dever-se ao seu relevante percurso artistico nacional e internacional, mas também ao facto ter um atelier no Complexo dos Coruchés e experiência em projectos educativos. A adesão da professora de artes visuais Paulo Lima foi imediata, a que se juntou depois o professor de filosofia. O projecto envolveu cerca de 40 alunos do 10º. e 11º. ano, decorreu entre Outubro de 2018 e Abril de 2020, tendo sido realizadas 8 sessões.

Ficou decidido desde o início, fazer a edição de um livro bilingue português/ inglês sobre este projeto, que neste momento se encontra quase pronto. Infelizmente, conforme referiu, por escassos dias, não foi possível ter neste dia alguns exemplares. Trata-se de um livro onde constam imagens e resumos dos exercícios e da manifestação, e 4 textos de fundo assinados por Sara Matos e Pedro Faro (curadores deste projeto), Mamadou Ba (ativista e militante antirracista, integra a direção do Movimento SOS Racismo) Teresa Cruz (professora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da U. Nova) e Tobi Maier (atual diretor das Galerias Municipais).

Tomou a palavra o artista Vasco Araújo descrevendo os objectivos do projecto, as temáticas abordadas, assim como os desafios que enfrentou. Questões que serão refletidas no livro a publicar. A professora Paula Lima salientou a transformação que observou nos alunos, muitos dos quais assumiram posições de crescente confiança em situações de exposição pública. Manifestou todavia alguma inquietação pela forma negativa como questões sobre migrações e refugiados eram abordadas espontaneamente pelos alunos. Os alunos representados por quatro jovens, declararam de forma entusiástica o quanto positiva havia sido a sua participação no projecto, nomeadamente pela aproximação que criou entre eles. Para a maioria dos alunos, conforme notaram foi a primeira vez que participaram numa manifestação. O professor de filosofia salientou o fascinante que havia sido a própria intervenção de Vasco Araújo no espaço escolar, o modo como interagiu com os alunos abordando temáticas idênticas às que lecionava. O confronto com a sua própria pratica profissional foi inevitável. Alunos e professores mostraram-se gratos pelo tinham aprendido no projecto. A EGEAC está, portanto, de parabéns.

Participantes em projectos Descola 2018/2019

"Acessibilidade: como Construir uma Identidade"

A ruidosa manifestação na Avenida da Igreja

Um numeroso grupo de jovens desfilaram pela Avenida da Igreja, impunhado cartazes, gritando palavras de ordem que ecoavam por todo o lado, qual a razão que os move? Ouvimo-los, são estudantes da Escola Secundária Rainha Dona Leonor, e vamos contar o que nos disseram. Estamos perante mais um projecto envolvendo esta prestígiada escola de Lisboa: um projecto no ambito da Descola- Atividades Criativas para Alunos e Professores 2018-2019 da EGEAC.

Foi concebido pelo artista Vasco Araujo, tendo contado com a colaboração de dois professores desta Escola (Artes e Filosofia). Começou no início do ano lectivo de 2018/2019, e terminou nesta ruidosa manifestação no dia 3 de Abril de 2019.

Ao longo de várias sessões, em diferentes espaços dentro e fora da escola, Vasco Araújo foi provocando os alunos com várias questões sobre Acessibilidade Social (Social / Política / Espacial / Racial / Género). Os alunos foram reflectindo e problematizado os conceitos de cidadania, fronteira, liberdade, Igualdade e reconhecimento social e político.

Cada aluno foi individual e colectivamente chamado a posicionar-se sobre as questões que íam sendo abordadas. No final, organizaram uma manifestação que percorreu toda a Avenida da Igreja e parte da Avenida de Roma, publicamente manifestaram as questões que mais os preocupam. Não deixa de ser significativo que a maioria delas sejam sobre a destruição da vida na Terra, a nossa casa comum.

Os cartazes, sem tabus, exibiam as preocupações dos jovens.

As alterações climáticas e a necessidade de um maior apoio aos artistas predominavam nas chamadas de atenção escritas nos cartazes.

Não faltaram apelos a uma mudança interior... para mudar o mundo

O vento que se fazia sentir não abalou a determinação dos manifestantes

Não faltaram também improvisados discursos no Praça de Alvalade

Regresso à Escola

Quem é Vasco Araújo ?Nasceu em Lisboa (1975), formou-se em escultura na FBAUL (1999), desde 1999 tem participado em em diversas exposições individuais e colectivas tanto em Portugal como no estrangeiro.