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Eleições Autárquicas
- 2017
(1 de Outubro)
Câmara Municipal de Lisboa - Junta de Freguesia de Alvalade
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Eleições para a Assembleia e a Câmara Municipal de Lisboa
As principais cabeças de cartaz
para as eleições autárquicas de Lisboa estão já em plena campanha eleitoral.
Quem são e o que se propõe fazer para melhorar a cidade de Lisboa e a freguesia de
Alvalade é isso que vamos saber e analisar até à eleições.
Partido Socialista. Fernando Medina, presidente da CML desde 2013, está na linha da frente. A sua
gestão da cidade tem suscitado o aplauso de muitos, sobretudo porque ainda está
na memória de todos a gestão ruinosa de Santana Lopes/Carmona Rodrigues
(2002/2007).
Fernando Medina em Alvalade, aquando da inauguração do Centro Académico de
Lisboa, acompanhado pelo reitor da Universidade de Lisboa e do arquitecto da obra (3/10/2016)
Obras realizadas pela CML em Alvalade entre 2013-2015:
- Requalificação de quase todas as escolas básicas em Alvalade
- Requalificação da parte sul do Jardim do Campo Grande
- Centro Académico de Lisboa (antigo Caleidoscópio)
- Criação de cinco parques de estacionamento. Regularização do estacionamento na freguesia. Fim do estacionamento nos passeios ?
- Pavimentação de vários ruas e avenidas
- Construção de uma importante rede de ciclovias
Partido Comunista Português
(PCP)
João Ferreira, vereador na Assembleia Municipal de Lisboa e
Eurodeputado apresenta-se pela segunda vez como o principal candidato do PCP à
CML. Em 2013 o PCP obteve 22.519 votos (9,58%), espera agora subir a sua
representação. Na apresentação da sua candidatura (jan.2017) acusou o Partido
Socialista de tudo e botas:
- Favoreceu a especulação
imobiliária e outras negociatas, como no caso Bragaparques.
- Expulsou centenas de milhares
de jovens da cidade.
- Agravou a situação do comércio
local e das atividades económicas em geral.
- Entregou a privados importantes
equipamentos municipais, como o Capitólio, o Pavilhão Carlos Lopes, parte do
Terreiro do Paço e da frente ribeirinha.
Ideias para a cidade por enquanto
nenhumas, só denúncias.
Bloco de Esquerda (BE)
Ricardo Robles (engenheiro civil), líder da bancada do BE na assembleia
municipal tem-se centrado mais nas propostas (consensuais), do que nas denuncias
da gestão do PS:
- Denuncia uma gestão municipal
que tem favorecido o automóvel privado em detrimento dos transportes públicos.
- Defende a adopção de medidas
que favoreçam a mobilidade suave, isto é, o uso de bicicletas.
- Defende a expansão e o cuidado
dos espaços verdes.
CDS-PP
Seguindo uma
tradição (tristemente) inaugurada por Paulo Portas, a atual líder deste partido
- Assunção Cristas -, também se candidatou à CML.
Trata-se de uma candidatura
oportunista, cujo único objectivo é aproveitar estas eleições para a líder do
CDS-PP reforçar a sua notoriedade pública. Uma vez eleita vereadora como fez Paulo Portas,
é de imediato substituída por uma personagem que ninguém conhece.
Assunção Cristas não é excepção neste tipo de expedientes. A única coisa que tem
a seu favor é ter revelado que não tem nenhuma ideia para melhorar Lisboa.
Espera que alguém lhe diga o que deve fazer.
Um cartaz sem uma única ideia, este foi o primeirio cartaz de propaganda eleitoral de Teresa Leal Coelho. Muitos viram neste cartaz o vazio de ideias que a candidata tem sobre Lisboa (Julho 2017).
PSD
O processo de selecção de um candidato do PSD para Lisboa revela bem a forma
como os partidos encaram os munícipes: uns atrasados mentais !
Durante mais de um ano este partido andou à procura de figuras públicas, não importava
o seu conhecimento da cidade, para se candidatarem à
CML e juntas de freguesia.
O
único com algum conhecimento era chefe de fila do
partido para Lisboa -
António Prôa.
Em tempos conseguira dizer duas ou três coisas com sentido sobre
a cidade, mas depois envolveu-se na intrigalhada partidária e perdeu-se.
É por esta razão que o líder do PSD andou
atrapalhado nesta escolha, e o que encontrou sempre foi a rapaziada do costume. Gente
muito pouco recomendável.
Andou ao colo com o maluquinho
dos automóveis, mas lá acabou por perceber que aquilo que a cidade não suporta é
mais automóveis, nem mais destruição da rede de transportes públicos. Depois
convidou um conhecido director de um canal de televisão, mas o próprio recusou o
convite, pois a sua "especialidade" eram programas televisivos e não a gestão de
uma cidade. Constava que iria voltar a convidar o futebolista Paulo Futre
agora para a presidência da CML, e não como ocorreu em 2013 para uma junta de
freguesia.
Após uma longa reflexão de Passos Coelho
(líder do PSD), no dia 19 de Março de 2017, anunciou que a sua
candidata à CM de Lisboa era Teresa Leal Coelho (1962-?). Morou em
Alvalade logo após ter vindo de África, estudou na Escola Secundária Padre
António Vieira.
Trata-se de um personagem com ligações ao
pior que o país já conheceu. Foi administradora da SAD do SLBenfica no tempo de
João Vale e Azevedo, que devido à inúmeras falcatruas acabou preso. Do SLB
saltou para o Centro Cultural de Belém, onde acabou por ser corrida acusada
"Abuso de funções e utilização abusiva do nome da instituição".
Integrando a lista do PSD à CML, em 2013,
acabou eleita vereadora. Desde logo se salientou pela falta de assiduidade às
reuniões camarárias (falhou 91 das 153 reuniões ), assim como pela ausência de
ideias e de intervenções sobre a cidade. Nas 127 atas destas reuniões,
correspondentes a 3 anos e meio, apenas numa falou de forma vaga e inconclusiva
sobre o comércio tradicional.
Estamos perante mais uma figura que
espelha a costumeira falta de
respeito dos partidos políticos perante o eleitores, só possível devido a um
sistema eleitoral que é a negação da própria democracia.
Teresa Leal Coelho na primeira entrevista
que deu como candidata a Lisboa (Observador, 30/3/2017) revelou aquilo que já se
sabia sobre a mesma: um profundo desconhecimento sobre os reais problemas da
cidade, acabando por se refugiar na demagogia e no anúncio de futuras
negociatas.
Algumas das suas promessas:
- Reduzir o IMI para 0% (a principal
receita das câmaras municipais)
- Acabar com a taxa municipal de proteção
civil (21,6 milhões em 2016), desconhecendo que a mesma não era paga com a
factura da água.
- Lotear os terrenos da antiga Feira Popular em
Entrecampos.
- Privatizar a Carris.
- Diminuir as ciclovias na cidade, dando
primazia aos automóveis.
Tratam-se de Ideias desgarradas, sem qualquer
enquadramento político, mas que serão usadas para encher páginas de jornais
afectos ao PSD a tentar justificar a existência desta candidatura.
Espera-se o pior desta candidata de
recurso.
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