Medina Maciel Almeida Correia desde dia 6 de abril de 2015
sucedeu a António Costa na presidência da CML.
Nasceu no Porto, em 1973, numa família de funcionários do PCP.
Formou-se em economia no Porto (FE-UP), tirou o mestrado em economia e gestão em
Lisboa (ISEG). Foi dirigente associativo na Federação Académica do Porto.
Entrou para a política pela mão de António Guterres (1995), que o chamou ara seu
adjunto nas áreas da educação, ciência e tecnologia. Iniciou a sua atividade
profissional no Ministério do Trabalho e depois no Ministério da Educação.
Filiou-se no PS em 2001.
José Sócrates, em 2005, deu-lhe a pasta da Secretaria de Estado do Emprego e Formação
Profissional, e em 2009, a da Secretaria de Estado da Industria e
Desenvolvimento.
Em 2011 é eleito deputado pelo PS, assumindo na assembleia da república a função de
vice-presidente do grupo parlamentar deste partido.
António Costa nas eleições autárquicas de 2013 coloca-a no número 2 da sua lista
à CML, dois ano depois assumiu a presidência da câmara municipal. Conjectura-se
terá sido
escolhido para fazer frente a Manuel Salgado, que na altura se salientava pelas
forma prepotente como geria a área do urbanismo da cidade.
Enquanto foi número dois limitou-se a assegurar discretamente a gestão da câmara já que
António Costa não tinha tempo para o fazer. Durante este período não se conhece
dele uma única ideia para a cidade de Lisboa.
Afirmação Política
Fernando Medina era em 2015 um figura praticamente desconhecida dos lisboetas. O
PS conseguiu pouco depois torná-lo comentador televisivo de forma a pudesse
obter alguma
notoriedade.
O que o tornou uma figura relativamente "simpática" e "conhecida" foi contudo a
nova política camarária a que tem vindo a ser associado: a devolução da cidade às pessoas
e o ataque ao predomínio dos automóveis particulares.
Não se trata coisa pouca. Desde os anos 60 do século XX que todos os presidentes
da CML, cada um pior que o anterior, geriram a cidade em função dos automóveis.
Os passeios e as praças foram invadidas por automóveis. Jardins desapareceram
para dar lugar a parques de estacionamento. Os transportes públicos foram
abandonados em favor dos transportes particulares.
A demissão da CML, assim como da PSP e da Polícia Municipal foi de tal forma
manifesta que a gestão do transito e estacionamento em muitas zonas da cidade
foi entregue a toxicodependentes.
O resultado foi uma vida urbana miserável, desregulada e cada vez mais caótica.
Perante o caos instalado, centenas de milhares de pessoas foram viver para a
periferia. Lisboa desertificou-se, os espaços públicos abandonados entraram num
rápido processo de degradação.
As ações de requalificação dos espaços públicos por pequenas que fossem em cada
bairro, tiveram o condão de ter um forte impacto nos munícipes.
Fernando Medina rapidamente ficou associado à devolução dos passeios à
população, recuperação de espaços públicos, como as praças emblemáticas em
muitos bairros, a requalificação de jardins, municipalização dos transportes
urbanos (carris), etc. A cidade começou a erguer-se dos escombros a que parecia
estar votada.
Tratam-se de mudanças que o próprio parece ainda não ter sequer percebido o seu
alcance, a julgar pelas suas declarações.
No dia 28/11/2016, na apresentação das proposta ganhadoras do orçamento
participativo, manifestou uma enorme surpresa quando constatou que a maioria das
propostas apresentadas pelos lisboetas eram justamente para a
requalificação de espaços verdes e não para a construção de novos parques de
estacionamento.
Com surpresa ou sem ela, a verdade é que Fernando Medina parece ter percebido
que era altura de mudar de políticas para Lisboa, colocando as pessoas na lista
de prioridades e não os automóveis. Esperemos que assim seja.
Fernando Medina presidiu, em Alvalade, à inauguração do mural de homenagem ao
arquitecto Nuno Teotónio Pereira junto ao Mercado Norte (30/01/2017).
À sua esquerda pode ver-se João Samina (autor da obra), a vereadora da cultura
da CML e o neto do arquitecto. À direita a viúva do arquitecto, Ferro Rodrigues
(presidente da Assembleia da República), André Moz Caldas (presidente da JF de
Alvalade e chefe de gabinete do ministro das finanças, em acumulação) e Helena
Roseta (presidente da assembleia municipal de Lisboa). |