Jornal da Praceta

 

Inconcebível !

(2004)

"Os bairros de barracas da Quinta do Correio Mor, Quinta do Alto (Vila Real) e Quinta do Carrapato (Bairro de S.J.Brito), na antiga Freguesia de São João de Brito, mesmo junto ao Aeroporto Internacional de Lisboa são a imagem perfeita do tipo de gestão urbanística que contínua a predominar na cidade de Lisboa. 

Não há palavras para descrever o estado geral de degradação em que aqui vivem e trabalham muitos habitantes desta cidade. Entre lixeiras, caneiros a céu aberto, automóveis abandonados, barracas, escombros de casas clandestinas, oficinas e um inacreditável ferro-velho. Por todo o lado  proliferam os negócios ilícitos e à noite se recolhem os sem abrigo, toxicodependentes e outros indivíduos. No centro deste cenário deprimente ergue-se o que resta da antiga quinta e "palácio" dos Condes de Vila Real. O cenário é indigno de uma capital europeia.

Todas as palavras, neste caso, são dispensáveis tão evidente que é a gravidade da situação e a incúria dos serviços da Câmara Municipal de Lisboa. O que anda a fazer o seu Presidente?"

Imagem do que resta do antigo palacete do Condes de Vila Real 

As barracas, onde vivem seres humanos, confundem-se com o lixo

 

Numa inacreditável mistura de barracas, lixeiras aqui e ali em actividade descobrem-se armazéns, oficinas de automóveis e outros negócios.

A cabine (pública) de telefone

Se imagem não tivesse legendas, qualquer pessoa diria foi tirada numa zona de guerra, mas na verdade reporta-se a um lugar central da cidade de Lisboa - na Freguesia de Alvalade

Ao fundo pode ver-se o Aeroporto Internacional de Lisboa no meio de escombros.

Quem passa pela Avenida do Brasil  e vê ao longe uma sucessão de barracas e casas em ruínas não pode imaginar o que aqui se encontra.

Ruínas de antigas casas hoje povoadas por enormes ratazanas.

Casas habitadas no meio entulho de obras e restos de construções.

Pessoas, animais, viaturas e muito lixo entre o Aeroporto Internacional de Lisboa e o Bairro de Alvalade.

O que mais impressiona que visita a zona do Bairro de São João de Brito é saber que no meio de tantas lixeiras vivem e trabalham pessoas.

Em 2004 divulgamos dezenas de imagens de toda a zona do Bairro de São João de Brito, contactamos inúmeras entidades e serviços oficiais para que fosse feita, pelo menos, uma limpeza a toda a zona. Nenhuma entidade se mostrou sensível ao problema. Ao longo dos anos continuamos a insistir, e só agora em 2017, está prometida uma limpeza geral.

 

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