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Escola Secundária de Padre
António Vieira |
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Polémica
O ano lectivo de 2002/2003 foi vivido na
ESPAV com grande ansiedade. O número de alunos que desde 1965 nunca fora tão
reduzido, obrigando a que muitos dos seus professores fossem destacados para
outras escolas de Lisboa. O Ministério da Educação resolveu entretanto
extinguir a Escola Secundária da Cidade
Universitária (ESCU) integrando a sua comunidade escolar na ESPAV. A decisão foi acolhida com grande resistência
na ESCU. Em Maio de 2003 os seus professores e alunos resolvem "formalmente" extinguir
a ESPAV, criando uma nova escola: a Escola Secundária Calouste
Gulbenkian . Alegavam em favor desta decisão que a ESPAV possuía uma
imagem muito negativa. Era preciso mudar o nome da escola, já que as
instalações seriam naturalmente as mesmas.
Esta
decisão foi alvo de uma enorme onda de protestos, nomeadamente por parte de
antigos alunos do Liceu Padre António Vieira. Em causa está não apenas a
memória desta escola, mas sobretudo o respeito que deve merecer a
figura o patrono da mesma. O Ministério da Educação acabou por manter o
nome da ESPAV.
Protestos e Justificações (consultar no final da página)
O Logotipo da "Nova Escola"
que nunca chegou a existir:
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Folhetos da "Nova Escola - Escola Secundária
Calouste Gulbenkian
Ainda não tinha começado a polémica sobre
a mudança de patrono da Escola Secundária Padre António Vieira já um grupo
de professores da Escola Secundária da Cidade Universitária dava o facto como
consumado, imprimindo um folheto de divulgação da nova escola.
O nome ainda não estava homologado, mas já
em Junho de 2003, um grupo de professores iniciava a publicitação da "Nova Escola".
Tinha
tudo o que as anteriores tinham, mas prometia oferecer muito mais, nomeadamente em termos de
desporto (ténis e natação).
A morada era a mesma da antiga Escola
Secundária Padre António Vieira: Rua
Marques do Soveral. 1700 Lisboa (extinta Freguesia de S.João de Brito)
Oferta Educativa: 7º,8º. e 9º. Ano.; Operadores de Informática (Curso profissionalizante), Curso Tecnológico de Informática (10º,11º. e 12º Ano), 10º,
11º e 12º. Ano:1º.,2º.,3ª. e 4º.Agrupamento.
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Como
era a ESPAV em 2002/2003?
Níveis de ensino
Em 2003 a Espav recebia
alunos desde o 7º. ao 12º Ano
Espaço Social
O contexto socio-económico da
escola, em 2003 estava profundamente modificado em relação aos anos 60 e 70,
sendo de destacar dois fenómenos:
1º. A população residente do
Bairro Alvalade envelheceu e decresceu significativamente, sendo a população
activa maioritariamente constituída pelo sector terciário, estando em
extinção as actividades ligadas ao sector secundário.
2º.A
diminuição da população em idade escolar no bairro, foi acompanhada
pelo aumento do número de escolas básicas e secundárias nesta zona da
cidade, sobretudo nos novos bairros habitacionais dos Olivais, Chelas (Areeiro),
Portela e, mais recentemente, no Lumiar e nas Telheiras. A sua
potencial população escolar ficou assim drasticamente reduzida, o que
explica que no ano lectivo de 2001/2002, o número de alunos seja
idêntico aos dos primeiros anos de funcionamento da escola.
Estes e outros fenómenos não
deixam de se reflectir na vida e na comunidade da escola.
Espaço físico
O espaço físico da escola pode caracteriza-se por uma
certa amplitude, sobretudo ao nível dos espaços verdes envolventes. A ESPAV apesar de dotada recursos para um excelente funcionamento
(Ginásio, Cantina, Campos de Jogos, laboratórios, Mediateca e espaços
verdes), carece todavia de obras de
conservação. O seu aspecto global é de completa degradação.
Projecto
Educativo
Esta
comunidade escolar desenvolvia, no ano lectivo de 2002/2003, uma profunda reflexão
para encontrar alternativas, não apenas para a diminuição dos seus alunos, mas também compreender
e responder de forma adequada a alguns dos fenómenos que na mesma se
observam:
1. Cerca de 50% dos seus alunos são oriundos de zonas
sub-urbanas, o que se traduz em imenso tempo passado em transportes,
dificuldades de participação na vida escolar, pouca ligação ao meio
envolvente; etc
2.Os baixos resultados escolares, em particular nos
ingressos no ensino superior (No ano lectivo de 2000/2001 cerca de 80% dos seus alunos do 12º ano não entraram no
ensino superior público, e destes, apenas 49% entrarem em 1ª opção).
Apesar disto, a comunidade escolar revela uma enorme motivação para
voltar a ser uma escola de referência a nível nacional, para o que parece
possuir todas as condições: um quadro de professores estável e altamente
qualificado, equipamentos sofisticados em termos de tecnologias de comunicação
e informação, etc.
Carências
Entre os vários problemas que a
ESPAV enfrenta, três exigem uma rápida resolução para melhorar o seu
funcionamento:
1. Faltam transportes, nomeadamente para a zona de Telheiras;
2.Falta realizar obras que
há muito a escola carece;
3. Falta assegurar a limpeza e tratamento dos
espaços verdes.
4.Falta criar zonas de
recreio cobertas. As que existiam no edifício original desapareceram,
pois foram transformadas em salas de aula. Resultado: Nos
períodos de intervalo, se chove os alunos não possuem sítios para se
protegerem amontoando-se em espaços exíguos.
Após a fusão entre a Padre e a Cidade
Universitária começaram a notar-se melhorias, em especial nos espaços verdes. O jardineiro
que veio da ESCU tem feito milagres. Em finais de Outubro de 2003, iniciou-se
também a montagem de um pavilhão pré-fabricado, onde serão dadas
futuramente as aulas de informática.
Degradação e
Instalações e do Espaço Envolvente
A
ESPAV, em 2003, continuava rodeada de lixo e barracaria. .
Um dos factores que na década de 80 e
90 pesou negativamente na imagem e no funcionamento desta escola foram as
barracas que a rodeavam. Felizmente para todos, as barracas acabaram, mas
o lixo continuou.
Nas traseiras da ESPAV ainda hoje se
vêem automóveis abandonados, construções abarracadas e muito lixo. A CML tem
neste domínio uma enorme responsabilidade.
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Como era a "Cidade
Universitária" em 2001/2002?
Escola
Secundária da Cidade Universitária
Em Maio de 2003 esta
escola foi formalmente extinta em resultado de uma fusão com a Escola Secundária Padre António Vieira.
Na sequência desta decisão
foi constituída a Escola Secundária Calouste Gulbenkian que
ocupará as instalações da Escola Sec. Padre António Vieira.
Esta decisão do
Ministério da Educação foi alvo de uma onda
de protestos, nomeadamente por parte de antigos.
História:
Criada criada em Outubro de
1980, recebe o seu nome da localização nos terrenos da Universidade Clássica
de Lisboa. Destinava-se a leccionar o 12º ano da Via de Ensino que
funcionava então como ano de preparação para o acesso ao Ensino Superior.
Em 1985 começaram a ser
leccionados os 10º e 11º anos da Escolaridade Secundária e em 93/94 começou
a funcionar na Escola o Ensino Técnico-Profissional. A partir de
93/94, ano da generalização da Reforma Curricular, a Escola tem para
oferecer no turno diurno, Planos de Estudo do C.S.P.O.P.E. (1º, 2º, 3º e
4º Agrupamentos) e do C.P.O.V.D.A. (C. Tecnológico de Informática do 1º
Agrupamento).
Atendendo às condições precárias
das instalações desta escola (pavilhões pré-fabricados) desde à anos
que o Ministério da Educação projecta a sua saída da Cidade Universitária,
intenção contra a qual se manifesta esta comunidade escolar. Esta mudança
acabou por ocorrer, como já referimos, no final do ano lectivo de
2002/2003.
Níveis de ensino:
10º,11º. e 12º Ano
Qualidade de Ensino: Uma das
escolas públicas melhores classificadas quanto ao aproveitamento dos seus
alunos nos exames nacionais do 12º.ano.
Formação de Professores: Esta escola é também um espaço de formação inicial de professores onde
se realizam, actualmente, alguns Estágios do ramo educacional da Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa e da Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas da Universidade Nova. Está ainda aberta à formação contínua de
Professores e Funcionários de várias Escolas, uma vez que nela está
sediado o Centro de Formação Professor João Soares.
Antigos contactos: Av. Prof.Aníbal
Bettencourt 1600-189 Lisboa. Tel.21 7990720 Fax.217957473
Carlos Fontes |
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Protestos contra a Extinção da ESPAV
Protestos
dos antigos alunos
Não questionam o nome
escolhido mas a própria escolha.
Perguntam:
-
Quem de forma tão leviana resolveu mudar o nome de uma escola que é uma
referência viva da cultura nacional para muitos milhares de portugueses?
-
Quem foi conivente com esta atitude inqualificável sob o ponto de vista cultural
de apagar o Padre António Vieira do nome das escolas portuguesas?
Eís
algumas das muitas perguntas que muitos antigos alunos, moradores do bairro,
portugueses e brasileiros em geral gostariam que o Ministério da Educação
respondesse.
NÃO QUERO ACREDITAR
Não quero acreditar que possa ser possível a ideia,
que parece circular actualmente, de a propósito de uma fusão anunciada
de escolas se acabar com o nome do velho e de boa memória Liceu Padre
António Vieira, actual Escola Secundária Padre António Vieira.
Não há palavras para semelhante atentado à memória de tantas
dezenas de milhares de antigos alunos e do Bairro onde se integra! Não há palavras! E espero que
seja um mísero boato, pelo qual peço desde já desculpa.Não é possível
que tal aconteça num país civilizado, não faz sentido, não é
educado, não é urbano; é querer acabar com tudo o que de bom se possa
desejar
para a memória dos homens, dos seus Bairros e da sua Cidade. Fui aluno
do LPAV, como tantos, e os meus três filhos foram e são ainda alunos
da ESPAV, como tantos outros. Não é apenas uma questão de nomes, é
que por vezes os nomes são aquilo que resta, e se até os nomes nos
tiram, para onde vamos? Para uma sociedade sem nomes, sem história e
sem memórias e ligações às memórias? Sinceramente, não quero
acreditar em tal ideia, que se existe é realmente inqualificavel.E se
existir julgo que há que juntar em torno desta revolta tanta gente, que
de vergonha tal ideia se recolherá rapidamente à casca de onde nunca
deveria ter saído.Um antigo aluno do LPAV, de boa e sempre viva memória.ANTÓNIO JÚLIO COELHO
Protesto contra a decisão de "Delete" de
parte da memória de gerações que se encontraram no espaço do PAV.
A efectivar-se, só será igualável a um ataque à bomba ao próprio
edifício da Escola. Francisco Félix (antigo aluno do LPAV ,1969-1974) Não acredito que seja possível acabar com a memória
do LPAV/ESPAV
Querid@ coleg@ do PAV É muito provável esta msg chegue a metade dos
destinatários, uma vez que muita gente terá entretanto mudado de mail. Não obstante, e reconhecendo-vos
na
"irmandade do PAV", creio que esta notícia, que me pediram
para passar, vos irá deixar desconcertados e tristes!! Um grande abraço! PEDRO FÉLIX
DEIXEM O PAV EM PAZ
Junto texto sobre a intenção de alterar o nome da Escola Secundária
Padre António Vieira, com a qual discordo profundamento e que, espero, o bem
senso permita que não seja tomada.
Meu irmão e eu fomos alunos do Liceu Padre António Vieira (ele, entre
1965 e 1972 e eu, entre 1970 e 1974) e um dos meus filhos foi aluno da Escola
Secundária Padre António Vieira (entre 1991 e 1994).
Quando, em 1965, o Liceu Padre António Vieira (PAV, para todos nós)
recebeu os primeiros alunos, era, na época, um estabelecimento de ensino inovador,
tanto pela sua arquitectura, como, em especial, pelo ambiente que criou, quer
a nível social, quer pedagógico - o PAV foi uma verdadeira referência na
cidade de Lisboa e no próprio país.
Os principais liceus da época eram, em Lisboa, o Camões, o Pedro
Nunes, o Gil Vicente, o Passos Manuel, o D. João de Castro, o Maria Amália, o D.
Leonor e o Filipa, todos eles já com muitos anos de serviço e com ambientes muito
específicos. O PAV era absolutamente inovador e assim se manteve
durante muitos anos - outros se lhe seguirem, nessa época, como o
D. Dinis e o D.Pedro V.
Para todos nós, ele foi a referência e a matriz educativa
- e, também, social - , onde nos formámos e do qual temos uma grata recordação: é a
nossa instituição escolar.
O PAV faz parte do património cultural da cidade de Lisboa e do
país - nele se formaram milhares de alunos, nestes 38 anos, que não o esquecem, nem
o que nele viveram e aprenderam.
Que o PAV com o tempo vá sofrendo alterações, isso é
absolutamente inevitável - ninguém se esquece das destruições que sofreu em 1974 e 1975, com
os célebres irmãos Baltazar, nem da referência que, nos anos 80, o PAV constituía,
em matéria de qualidade de ensino, nas escolas secundárias de Lisboa, em
grande parte devido à gestão da equipa de Lurdes Neto.
O que não se pode admitir é que o PAV desapareça - o Padre António
Vieira já morreu, mas não o re-matem. Substituir o nome do liceu parece uma
atitude idêntica à que se verificou em 1974 com a ponte de Alcântara, em
Lisboa, sobre o Tejo - será que a respeitável figura do Padre António Vieira merece
tratamento igual ao que foi dado a Salazar?
Substituir o nome do PAV é, não só arrogância, como,
sobretudo ignorância e desprezo pelo património cultural e educativo da cidade de Lisboa e do
país. E é evidente que uma tal decisão, tomada por quem devia ser depositário
da cultura educativa de diversas gerações, não se pode circunscrever
apenas aos que, neste momento, exercem funções profissionais na escola e no
ministério.
Respeitem, por favor, a memória do PAV e de todos quantos nele
se formaram.
Mantenham o nome que sempre teve, que é um dos principais
elementos caracterizadores desta indispensável instituição cultural. LUÍS SERPA OLIVEIRA
O PAV MUDOU DE NOME
Olá a todos. Envio-vos este mail porque, como provavelmente
já sabem, o PAV mudou de nome:Calouste Gulbenkian !!! (desde anteontem, dia 14 de Maio).
Passo a explicar. Como a Esc. Sec. da Cidade Universitária vai acabar
este ano (aliás era
provisória desde que foi criada...) e a ESPAV está actualmente com
poucos alunos, o Ministério da Educação decidiu a fusão dessa escola com a
ESPAV e a criação de uma escola nova (num edifício velho). Assim foram
apresentadas várias propostas de nomes, feita uma votação (de professores, alunos
e funcionários, das duas escolas) e ganhou o de C. Gulbenkian. Por muito
que nos custe! Neste momento, tudo o que se possa eventualmente fazer,
nomeadamente por parte
dos antigos alunos, só terá algum efeito se for tratado directamente
na DREL (Direcção Regional de Lisboa, na Praça de Alvalade). Mesmo que não dê
nada, mostramos pelo menos o nosso descontentamento. Os professores da actual
ESPAV estão muito tristes... Pessoalmente, penso ter sido um grande erro
excluir a possibilidade de incluir na lista de nomes a votar o de Padre António
Vieira. Um abraço. JOÃO JANEIRO
Leviandade
Como antigo aluno do LPAV, venho juntar também a minha
voz de protesto quanto absurda e inconsequente mudança do seu nome para
Calouste Gulbenkian. Pergunto: porquê e para quê? Que mal fez o Padre antónio
Vieira um dos mais ilustres linguístas deste país,para se lhe apagar a memória,
e que qualidade de ensino se vai ganhar com a mudança de nome? Tenho muita
honra por ter frequentado este Liceu onde a qualidade de ensino era excelente e
sinceramente não compreendo a razão do apagamento da nossa memória de um
liceu que para além de tudo o mais era uma referência de toda a zona de
Alvalade. Será que vão fazer o mesmo com o Camões, o Pedro Nunes, o Dona
Leonor, o Filipa, o D.Pedro V? Sinceramente não acredito. Exigimos saber que
motivos estão por detrás da leviandade desta troca de nome!João Gonçalves Moreira |
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Justificações para a Extinção da Espav
Li atentamente a vossa página
http://jornalpraceta.no.sapo.pt/protestos.htm e desde já
tenho de apontar um erro indiscutível: Não foram apresentados todos os dados da
mudança e não há espaço para a opinião contrária, o que é de lamentar. Todos têm
direito a expressar a sua opinião desde que devidamente informados.
João Gonçalves Moreira escreve :"Tenho muita honra por ter frequentado
este Liceu onde a qualidade de ensino era excelente e sinceramente não
compreendo a razão do apagamento da nossa memória de um liceu que para além de
tudo o mais era uma referência de toda a zona de Alvalade". De certo que este
orgulho se estende a muitos outros ex-alunos da ESPAV, no entanto, as coisas
mudam.
Qualquer pessoa minimamente informada sabe que a actual
ESPAV sofre de inúmeros problemas. A falta de alunos é fruto de uma
impopularidade que se formou em redor da escola: droga, assaltos que envolvem
violência desnecessária e uso de armas de fogo, mau ambiente, mau ensino, etc...João
Gonçalves Moreira diz que a qualidade de ensino da ESPAV era excelente. Pois um
exercício para alguns dos que reclamam: comparem as notas de uma turma da ESPAV
e uma turma da ESCU (para o secundário) ou da Eugénio (para o básico).
Frequentei ambas as escolas e fiquei impressionado ao olhar para as pautas da
ESPAV. Sinceramente, para uma escola com um ensino excelente deixa muito a
desejar.
A mudança do nome da escola tem como objectivo acabar
com essa má reputação e, em parte, conseguiu-se...Graças a essa mudança a
escola vai ter este ano muito mais inscrições do que nos últimos anos e talvez,
com um pouco de apoio da comunidade, refazer a boa fama que os antigos alunos
reclamam para aquelas instalações.
Não tenciono escrever muito mais porque penso que o vosso site é um pouco
faccioso e portanto não irá dar nenhuma importância a este e-mail. No entanto,
se estiverem interessados em mais detalhes do outro ponto de vista da situação
contactem para (segue indicação do e-mail) . Vasco Brito |
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Fotos Actuais |
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